“O ser humano vai envelhecendo, mas o Direito vai ficando cada vez mais jovem”

11/08/2021
Armindo Crestani e Éder Damke

Armindo Crestani e Éder Damke

Armindo Crestani é advogado há 36 anos e há 20 anos tem escritório em Dois Irmãos, no qual trabalha com seu colega Éder Damke. Ele é um dos mais antigos advogados na cidade e conta em entrevista ao JDI as principais mudanças que ocorreram na profissão ao longo deste tempo.

Armindo demonstra grande vigor e paixão pela profissão que escolheu, e é um exemplo de que, quando se faz o que se ama, a vida pode ser mais leve. Ele ensinou tudo o que sabe para o seu colega de trabalho Éder Damke, que atualmente é seu braço direito no escritório, principalmente com a necessidade de distanciamento social durante a pandemia.

 

Como decidiu entrar no Direito?

Armindo – Eu morava em São Luiz Gonzaga e decidi andar 80 km para Santo Ângelo, que era onde tinha a faculdade de Direito. Foi lá que me formei, inclusive com profissionais daqui, como o Dr. Zamboni e o Dr. Claudio. Entrei no Direito para tentar encontrar uma forma de buscar justiça, satisfação e equilíbrio entre as pessoas.

 

Quais foram as principais mudanças na advocacia que você vivenciou?

Armindo – Recordo que as intimações do advogado eram feitas no balcão, então tinha que ir diretamente ao balcão buscar a intimação. Na década de 90, nós começamos a ter um avanço com a nota expediente, que saía no Diário Oficial. Na atualidade, intimações e outros atos processuais são feitos via eletrônica e até por telefone. Eu ainda tenho uma máquina de escrever, em que se datilografavam as petições uma por uma, mas agora nós temos o computador, o processo eletrônico. Antes tinha prazo até as 6h da tarde porque fechava o Fórum, e agora o processo virtual pode ser acessado até meia-noite. É enorme o avanço que aconteceu daquela época até então, por isso acredito que o ser humano vai envelhecendo, mas o Direito vai ficando cada vez mais jovem.

 

Por que a profissão do advogado é importante?

Armindo – O advogado faz um trabalho de mediação entre o judiciário e a sociedade. O advogado tem uma missão excelente e muito importante, que é a busca da justiça e da paz social. Sem a interferência do advogado, eu acredito que seria bem difícil para o povo. Eu recordo que lá no início do Direito que se sucedeu em Roma, as pessoas que tinham uma oratória melhor comunicavam por aqueles que não tinham coragem ou que não tinham a aptidão para falar.

 

Você pensa em se aposentar? 

Armindo – O pé do acelerador eu já tirei, temos uma parceria com o colega Éder que está fazendo um excelente trabalho. Especialmente agora na pandemia, em que eu estive mais afastado em função da idade. Mas a advocacia é tão provocante que a gente se estimula a permanecer até quando a saúde deixa. Eu gosto muito da advocacia, eu não imaginava que eu fosse gostar tanto. Tem alguns casos que me motivam, principalmente na área de família.

 

Gostaria de deixar uma mensagem aos colegas de profissão?

Armindo – O judiciário com as portas fechadas foi uma passagem muito difícil, inusitada e diferente, mas os advogados tiveram muita fibra e muita força para atender bem os seus clientes. Quero desejar um feliz Dia do Advogado e mandar um abraço forte para todos os advogados de Dois Irmãos. Chama-me a atenção que nós temos muitas mulheres advogadas, e isso me deixa muito satisfeito. Aos jovens advogados que estão chegando, também desejo que tenham sucesso na profissão.

 

(Nesta quarta-feira, 11 de agosto, comemora-se o Dia do Advogado.)


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