Assunto é polêmico e provocou alvoroço na cidade no final de semana
A possibilidade da venda de parte da Sociedade Atiradores, no Centro, provocou alvoroço na cidade ao longo do final de semana. Na noite desta segunda-feira (12), a diretoria terá uma reunião para tratar do assunto. A área em discussão tem pouco mais de 900m² e compreende o Departamento de Bolão até os banheiros da sociedade.
A ideia de vender parte do patrimônio não é de hoje. Segundo o atual presidente, João Bremm, por enquanto não há nada definido. “É um assunto que tem que ser avaliado, e depois, se for adiante, levado para discussão em assembleia. Há dois anos havia um investidor interessado, mas em razão do Plano Diretor o negócio não foi adiante. Agora, apareceu um novo interessado e vamos discutir o assunto”, informou. Se a área for vendida, as canchas de bolão devem ser transferidas para a Sede Campestre da Sociedade Atiradores, no bairro Industrial. O objetivo, segundo o ex-presidente Elton Mielke, seria investir metade do valor de uma possível venda na transferência do bolão e metade na sociedade.
O vice-presidente Renato Dexheimer entende que alguma providência precisa ser tomada, principalmente pela necessidade de reformas na área da cozinha e dos banheiros. “O telhado está muito deteriorado”, afirmou. “Precisamos de uma solução, mas de onde tirar dinheiro? Não sei se vender é a melhor solução, mas temos que pensar em algo. Teremos uma reunião preliminar e abriu-se o debate. Quem sabe, agora, outros associados e ex-presidentes voltem para ajudar a ver qual seria a melhor opção”, acrescentou Renato.
“Vejo com maus olhos”, diz ecônomo
Ecônomo do local há 12 anos, Marcelino Vier entende que a venda de parte da sociedade inviabilizará o funcionamento do restaurante. “Vejo tudo isso com maus olhos; simplesmente vão extinguir o restaurante do clube e alugar para comércio”, comentou. “A sociedade é um patrimônio histórico da cidade e conhecido em todo o Vale do Sinos”, completou o ecônomo. Antigos membros também demonstraram preocupação com o negócio. “Na sexta-feira falei com Betinho Klein, Nilzo Muller, Ricardo Scholl, Luiz Birk, todos ex-presidentes da Atiradores, e nenhum deles sabia de nada disso”, afirmou Celso Schneider.
Área em discussão compreende a sede do bolão até os banheiros da sociedade
