Ocorrências de estelionato aumentaram no primeiro semestre em Dois Irmãos

12/08/2020
Polícia Civil orienta a não fornecer dados pessoais a estranhos

Polícia Civil orienta a não fornecer dados pessoais a estranhos

Na contramão de crimes como furto, as ocorrências de estelionato aumentaram no primeiro semestre de 2020 em Dois Irmãos, de acordo com a Polícia Civil. Porém, não é possível apontar números específicos, pois muitos fatos são registrados inicialmente na Delegacia Online e informados pelas vítimas como “Outros crimes”, conforme a delegada Ariadne Langanke, titular da DP dois-irmonense. 
De acordo com a inspetora Simone Arenhardt Ries, os golpes mais comuns no município, desde janeiro, são o da troca de fotos íntimas, mais conhecido como o golpe do nude; e o da clonagem do WhatsApp. “Estes registros ocorrem toda semana”, destaca Simone, ressaltando que as pessoas devem ficar mais atentas às mensagens que recebem de pessoas e números estranhos. 
No golpe do nude, em todos os casos registrados até aqui as vítimas foram homens, na maioria das vezes comprometidos. “Alguns acabam cedendo à chantagem dos golpistas e depositando quantias em dinheiro, chegam desesperados na delegacia”, comenta Simone, acreditando que algumas vítimas acabam não procurando a polícia por se sentirem constrangidas. “É um golpe que mexe com a intimidade das pessoas”, completa. Outro golpe que vem se tornando cada vez mais comum é o de compras em sites falsos. Segundo Simone, a partir do cenário atual de pandemia, que exigiu que muitas das compras fossem realizadas online, criminosos se aproveitaram disso e também criaram páginas falsas, com anúncios e valores cada vez mais atraentes. Alguns destes sites falsos se utilizam, inclusive, de marcas conhecidas. “Quando a oferta é boa demais, no mínimo, deve se duvidar”, diz ela, alertando também sobre o golpe dos boletos falsos, que, segunda ela, vem ocorrendo com mais frequência nos últimos meses. 
De acordo com Simone, o golpe do Auxílio Emergencial também já fez vítimas em Dois Irmãos. Estas ocorrências são encaminhadas à Polícia Federal. 


DICAS DA POLÍCIA CIVIL
1. Não forneça seus dados pessoais (como nome completo, CPF, RG, endereço, número da conta bancária e senha) para estranhos, em ligações telefônicas, mensagens SMS ou WhatsApp.
2. Desconfie sempre de ofertas de produtos com preços abaixo dos praticados em mercado.
3. Não converse com estranhos na rua, tão pouco aceite propostas que pareçam ser muito boas e que lhe trariam alguma espécie de “vantagem”.
4. Saiba que a aparência engana! Estelionatários falam bem, estão normalmente bem vestidos e facilmente persuadem as vítimas. Tome estes cuidados para não se tornar uma.
5. Não troque fotos nem vídeos íntimos pela internet/rede social. Lembre-se: pedofilia é crime.
6. Em caso de dúvida, procure sempre alguém de sua confiança e peça ajuda.
7. Se você sabe de alguém que pode estar praticando algum destes golpes, denuncie pelo 197, WhatsApp da Polícia Civil (51) 98444-0606 ou procure a Delegacia de Polícia mais próxima.
8. Caso você tenha sido vítima de algum destes golpes, procure a Polícia Civil. Em tempos de pandemia, você pode registrar a ocorrência pela Delegacia Online: www.delegaciaonline.rs.gov.br. 



Polícia Civil lança material informativo sobre golpes

Em junho, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul lançou uma cartilha alertando para golpes na internet, com o objetivo de barrar os crimes de estelionato. Ela pode ser acessada no site da Polícia Civil (www.pc.rs.gov.br). Confira abaixo algumas das informações compartilhadas no material, sobre os golpes e como evitá-los. 


GOLPE DA TROCA DE FOTOS ÍNTIMAS
Os golpistas utilizam as redes sociais para enganar as vítimas, que na maioria das vezes são homens, maiores de idade, e muitas vezes casados. O golpista utiliza um perfil falso, com a foto de uma jovem bonita e atraente. Eles começam uma amizade e logo o golpista envia fotos íntimas suas e pede para que a vítima faça o mesmo. Com essas fotos, outro golpista entra em cena: o suposto pai ou padrasto da jovem, alegando que ela é menor de idade e que a vítima estaria praticando o crime de pedofilia pela internet. Para que o pai/padrasto não leve o caso para a Polícia, ou não conte tudo para a esposa da vítima, exige que seja paga uma quantia em dinheiro. Algumas vezes, os golpistas se passam por policiais civis, alegando que as fotos já fazem parte de um Inquérito Policial e solicitam o depósito para que “a investigação seja arquivada”.
– Dica da PC: Não troque, nem compartilhe fotos íntimas pela internet. Desconfie de solicitações de amizades de pessoas que não conhece. E o mais importante: Pedofilia é crime! Se a pessoa que você está fazendo uma nova amizade aparenta ser menor de idade, todo o cuidado é necessário!


CLONAGEM DO WHATSAPP
Geralmente golpistas conseguem os números das vítimas através de anúncios em plataformas de sites de compras ou em redes sociais. As vítimas recebem um SMS com um código de 6 dígitos. O golpista se passa por funcionário da plataforma de anúncio e solicita este código, alegando que isso é necessário para ativar o anúncio. Outras vezes alegam que houve duplicidade de anúncio, com valores diferentes. Para isso, solicitam a verificação da vítima com dados pessoais (nome completo, CPF, RG, endereço) e solicitam o código de 6 dígitos. Este código é uma verificação do WhatsApp, ou seja, o golpista digitou o número de celular da vítima no celular dele para ativar o WhatsApp. Este código de verificação para habilitar o WhatsApp foi enviado para o celular da vítima. Com esse código o golpista desvia o WhatsApp da vítima para o aplicativo instalado no celular dele, e a vítima perde o acesso ao aplicativo. Com tal feito, ele conversa com os amigos da vítima, se fazendo passar por ela, fala que está sem dinheiro, com algum problema na conta ou cartão de crédito bloqueado e solicita dinheiro emprestado, se comprometendo a pagar no dia seguinte. 
– Dica da PC: Habilite a “confirmação em duas etapas” do WhatsApp. Para isso, clique em “Configurações/Ajustes”, depois clique em “Conta” e depois em “confirmação em duas etapas”; habilitar senha de 6 dígitos numéricos. Jamais enviar para qualquer pessoa o código de 6 números que chegar por torpedo SMS. 


GOLPE DO AUXÍLIO EMERGENCIAL
Por mensagem, o golpista ilude a pessoa afirmando que ela se enquadra no perfil para receber ajuda financeira do Governo, no valor que varia entre R$600,00 e R$1.200,00. Para ter acesso ao dinheiro, bastaria fazer um cadastro por meio do link informado na mensagem. Aí que está a armadilha! Nesse link, a vítima deve informar dados pessoais, como CPF, endereço, número da conta bancária e senha. O problema é que, a partir dessas informações, o cibercriminoso efetua golpes, como abrir contas em bancos virtuais e solicitar cartões de crédito.
– Dica da PC: Desconfie de links enviados por WhatsApp, ainda mais quando estiverem associados a mensagens imediatistas, como "acesso somente nas próximas horas".


GOLPES EM SITES DE COMPRAS
A vítima faz anúncio em algum site de compras, expondo seu número de telefone. De posse do número, o golpista, por mensagem ou ligação, engana a vítima dizendo que há a necessidade de atualização da conta/cadastro no site ou verificação do anúncio. Para validar a “atualização” ou “confirmação” do anúncio, o golpista solicita que a vítima informe os 6 dígitos numéricos que ela receberá via SMS em seu celular. Todavia, estes números são, na verdade, o código de validação da conta do WhatsApp.
– Dica da PC: Habilite a dupla verificação em seu WhatsApp. Não repasse códigos recebidos via SMS sem antes verificar a veracidade da solicitação feita pelo interlocutor.


GOLPE DO FALSO SITE DE INTERNET
Bandidos criam sites falsos de venda de mercadoria. Este golpe costuma ter maior incidência em datas comemorativas e promocionais, como por exemplo, a Black Friday. O golpista usa endereços de empresas famosas, alterando só o final do endereço eletrônico, bem como usam o layout dos sites conhecidos, tudo para ludibriar a vítima, fazendo-a pensar que se trata do site verdadeiro.
– Dica da PC: Observe com cuidado todo o endereço eletrônico. Desconfie de objetos que estejam à venda por preço muito abaixo daquele praticado no mercado.


GOLPE DO FALSO SEQUESTRO
O golpista liga de maneira aleatória para diversos números. Geralmente está preso. A vítima atende e o bandido grita no fundo, como se fosse uma pessoa “sequestrada”. A vítima desesperada fala o nome de um filho, sobrinho, alguém próximo. Com isso, o bandido consegue a informação que ele queria para fazer a vítima acreditar que se trata de um sequestro de verdade. No desespero, a vítima não percebe que foi ela mesma quem forneceu o nome do sequestrado, e às vezes, com o nervosismo, não percebe a diferença na voz. Neste momento o golpista pede que a vítima não desligue, que ela fique na linha até que alguém faça a transferência de um determinado valor para a conta de algum “laranja”.
– Dica da PC: Desligue o telefone e faça contato com o suposto familiar que teria sido sequestrado. Caso tenha receio de desligar, acreditando ser verdadeiro o sequestro, peça para alguém próximo (um familiar ou vizinho) que faça contato com a suposta vítima do sequestro para saber se está tudo bem.


GOLPE DO BOLETO FALSO
Em tempos de pandemia, em razão do isolamento, muitas pessoas estão fazendo compras pela internet, redes sociais e até mesmo WhatsApp. Muitas vezes a vítima não está com acesso seguro aos sites visitados, seja pelo computador, seja pelo celular. Diversas são as formas de manipular a vítima neste momento. Pode ser por uma falsa página de alguma loja ou falso contato pelo WhatsApp para venda direta. Neste momento é emitido o boleto bancário para pagamento da compra efetuada. Este boleto possui cabeçalho e imagens aparentemente da loja/empresa em que a vítima estava negociando. O golpe pode ser realizado tanto com a manipulação do código de barras do documento ou com a criação de páginas falsas que oferecem o download da “fatura”. Neste momento o valor transferido/pago vai para a conta bancária do golpista ou de um “laranja”.
– Dica da PC: Verifique sempre os dados do destinatário do boleto emitido. Antes de confirmar a transação ou pagamento, verifique se os dados do beneficiário conferem com os dados da loja/empresa. Caso queira emitir uma 2ª via de algum boleto, procure o site oficial do credor e verifique os dados do boleto emitido.


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