Um breve relato sobre o adorável Chile

17/01/2020
Por Alan Caldas – Editor

Por Alan Caldas – Editor

Estivemos em Concepción, segunda maior cidade do Chile e um centro universitário impressionante. A cidade é tida como a melhor para se morar, e os arredores têm lugares lindos. Nas ruas, o povo segue irritado, depois da babada do governo, e os protestos continuam ao ponto dos governantes terem jogado a toalha e chamado uma Assembleia Nacional Constituinte, na tentativa de não renunciar. Mas não há medo. A vida segue calma, e tudo funciona o tempo todo, com a população apoiando o protesto. 
Os preços são semelhantes aos nossos. Hotéis bons. Comida normal, com bons restaurantes, mas sem sofisticação gastronômica de temperos e apresentação de pratos. Um destaque vai para a doçura, eles adoram coisas doces. Dizem que é “relaxante”. O transporte é bom. O trânsito funciona bem, mas eles adoram uma buzina. Te dar umas buzinadas é como te dizerem “hola, que tal?’ Portanto, não te ofendas. A gasolina é mais barata que a nossa. A gentileza no trato com as pessoas, todas as pessoas, é marca registrada dos chilenos, são todos educados e atenciosos. A segurança é total. Dia e noite se caminha leve, como na Europa, e praticamente não se vê polícia, como na Europa também. O comércio é amplo e tem de tudo, mas não se vê a sofisticação de lojas, como temos no Brasil. Não fomos a shoppings, mas eles têm. 
Habitacionalmente, existem muitos bairros inteiros de “casas iguais”, uma solução do capitalismo urbano para moradia. Solução culturalmente alienante e horrorosa, mas solução, admito. Falando em economia, as papeleiras, as indústrias de celulose, são fortíssima fonte de renda e problema, como em todo lugar. Aqui são responsáveis por esses incêndios imensos, que ocorrem justo na área de plantio delas. As videiras, de onde eles tiram o mais espetacular vinho do planeta, estão por tudo. E são uma coisa linda de ver! Três empresas são responsáveis por absurdos 15% da economia nacional, o que, como se sabe, causa paralisia no crescimento de concorrentes e se torna encrenca econômica, política e criminal a médio prazo. 
A arte de rua aparece em grupos que tocam e dançam, nas ruas e praças. Os chinchineros tocando tambor e rodopiando vertiginosamente é algo incrível de se ver e ouvir. Há muitos teatros e centros culturais. O “som” musical popular aqui é a cumbia. Vê-se bastante crianças, lindas como todas as crianças. Não se vê muitos obesos, mas não é uma geração “palito” essa que está nas ruas. São bem “cheinhos” até, eu diria. É um povo bonito. Uma gente de tez morena, com cabelos negros, olhos castanhos e grossas sobrancelhas. O nariz não é o característico (e belo) nariz andino. Em relação à altura, eles são de média para baixa, se comparados biotipicamente a nós. 
Um lindo país, tanto geográfica quanto culturalmente. A fauna não é tão grande quanto aqui. Nem a flora. A oferta de frutas, contudo, é imensa, e surpreende. Além de tudo isso, resta, ainda, o fato de a Cordilheira dos Andes ter “saído da água”, visto que estava embaixo do mar, e se tornado essa cadeia de montanhas fantásticas e realmente impressionante. É um país ao nosso entender adorável.

 


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