Vacinas já entregues são suficientes para atender 3,6% da população prioritária no RS

21/01/2021
Fonte: GZH

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A chegada das vacinas contra a covid-19 ao Rio Grande do Sul é um marco na luta contra o coronavírus, mas a cifra de 162 mil pessoas que serão contempladas na primeira fase da campanha de imunização está longe do patamar necessário para enfrentar a pandemia.

Os primeiros a receber a injeção representam 3,6% dos grupos considerados prioritários no Estado — que incluem 4,47 milhões de profissionais de saúde, idosos, pessoas com comorbidades ou deficiência, além de trabalhadores de setores estratégicos como transportes, educação e segurança. Não há previsão de quando chegarão novas remessas do Ministério da Saúde para ampliar o percentual de cobertura.

Em razão da dificuldade do governo federal para entregar vacinas em grande quantidade no curto prazo, além das 341 mil doses já desembarcadas em solo gaúcho (duas por pessoa, mais uma margem de segurança de 5%), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) teve de fazer uma seleção dentro dos grupos preferenciais para beneficiar as populações ainda mais expostas a riscos ou vulneráveis. Por isso, até o momento, não há vacinação em postos de saúde para a população em geral — ou previsão de quando isso deverá começar. Na etapa atual, somente profissionais de saúde na linha de frente contra a covid-19, idosos com mais de 60 anos em casas geriátricas, pessoas com deficiência que vivem em instituições e indígenas que moram em aldeias estão recebendo os imunizantes. As aplicações são realizadas nos locais de trabalho ou de moradia dessas pessoas.

Somente quando chegarem novas cargas, em data ainda incerta, a vacinação poderá abranger novas categorias de alta prioridade, como idosos fora de asilos. A abrangência das novas etapas depende ainda da quantidade de doses a serem remetidas em cada nova fase.

— A gente comemora o início da vacinação, claro, e ela é muito importante para os indivíduos que estão recebendo. Mas, em termos coletivos, é uma gota no oceano. Outro problema é o risco de falta de continuidade por falhas de planejamento estratégico do governo federal, que levou à falta de insumos para a produção das vacinas no país — analisa o epidemiologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Paulo Petry.

Petry lembra que, para se alcançar a chamada imunidade coletiva, que freia a transmissão de um vírus, é preciso vacinar algo em torno de 70% da população. Como esse cenário ainda está muito distante no país, uma primeira meta da SES é alcançar ao menos 90% dos grupos prioritários — enquanto os lotes já enviados garantem menos de 4%.


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