Linha Cristo Rei festeja 50 anos da pedra angular da Igreja Católica

25/10/2019
Querino planejou painel que conta a história da construção

Querino planejou painel que conta a história da construção

O domingo, dia 27 de outubro, será de festa na comunidade de Linha Cristo Rei, no interior de Morro Reuter. Juntos, moradores e visitantes irão festejar os 50 anos do lançamento da pedra angular da Igreja Católica da localidade. A grande expectativa, segundo os organizadores, é de que o evento promova, também, reencontros entre antigos amigos, vizinhos e parentes.
A programação começa às 9h30, com missa festiva celebrada pelo Padre Luiz Pedro Wagner. Já às 11h30, será servido almoço (galeto, carne de gado, carne de porco, carreteiro, maionese e saladas diversas), a R$ 30 antecipado e R$ 35 na hora.  À tarde, a festa segue com animação da banda Expresso Show. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 9 9848-8677, 9 8145-4940 e 9 9659-9564. 


Igreja construída pela comunidade
A construção da igreja foi autorizada em 1968, pelo Bispo Dom Vicente Scherer. Primeiro presidente da Comunidade Católica da Linha Cristo Rei, Roque Querino Klauck lembra o dia em que formalizaram o pedido ao religioso. Foi em abril daquele ano, após missa de crisma em Picada São Paulo. “Na porta da igreja, uma comissão foi pedir autorização para a construção”, conta, lembrando que o bispo questionou qual era a distância do local até onde desejavam realizar a obra. “São 5km, respondemos. A resposta veio como uma ordem: ‘Em quatro anos quero crismar na nova igreja’ nos disse ele”, completou Querino, destacando que os moradores arregaçaram as mangas e começaram a tirar a obra do papel. Na época, a localidade contava com 59 famílias. 
Pouco mais de um mês depois, já era eleita a primeira diretoria, formada pelo presidente Querino, o secretário Ceno Stoffel, o tesoureiro Hugo Führ e os Conselheiros Fiscais Alfredo Klein, Edgar Utzig, Aloísio Fröhlich, Arnildo Blume e Roque Käfer. O primeiro passo foi a construção de um galpão para a realização de festas, em terras cedidas por João Wiest Neto, mesmo lugar onde anos mais tarde foi erguida a igreja. A comunidade arregaçou as mangas e batalhou pelo primeiro objetivo. “Vários colonos doaram madeiras como eucalipto e pinheiros, e em um mutirão foram feitas as madeiras para o galpão”, ressalta Querino, lembrando que o espaço deveria estar pronto até 27 de outubro daquele mesmo ano, quando estava prevista a primeira festa em prol da construção da igreja. 
Graças à união da comunidade, inclusive com a participação de famílias evangélicas, que trabalharam nos mutirões de construção, o galpão foi erguido e meses depois ocorreu a festa, com missa celebrada pelo padre jesuíta Albano Trinks. Naquele mesmo dia foi lançada a pedra fundamental, apadrinhada por Antônio Führ, Hilda Klauck, Benno Wiest e Maria Anita Klauck. O lucro foi destinado à compra dos tijolos. Na época, os católicos também já tinham a planta da nova igreja e um engenheiro responsável pela obra, ambos os serviços prestados gratuitamente pela Construtora Becker, de Novo Hamburgo. Era a realização de um sonho. 
De acordo com Querino, mais uma vez, os fiéis mostraram sua força. “Se revezavam na função de serventes de pedreiro, na doação de cal virgem para fazer a massa”, lembra, contando que rapidamente o projeto tomou forma. “No dia 25 de julho de 1969, fizemos a segunda festa, onde inauguramos o serviço de autofalantes, adquirido pela comunidade”, diz Querino. 
Cinco meses depois, era lançada a pedra angular da igreja, abençoada pelo padre Albano Trinks. A data também foi marcada pelo leilão dos padrinhos: Alfredo Klein, Roque Kaefer, Lauro Klauck, Martha Klein, Julita Utzig e Matilde Deimling. A partir dali, mais trabalho pela frente. “A obra progredia a olhos vistos. A madeira do telhado foi serrada à mão por moradores da comunidade, no comprimento da largura da igreja. Se destacaram nesse serviço pessoas como Alberto e Alfredo Klauck, Vicente Klein, Afonso Wiest e Paulo Schaab”, destaca Querino. 


Todos trabalharam voluntariamente
Já em 1972, passados quatro anos, o bispo Dom Vicente Scherer retornava à comunidade, para crismar jovens na nova igreja, mesmo sem o espaço estar totalmente concluído. “Na época, ele também olhou nosso livro-caixa, e não acreditou que tínhamos investido 80 mil cruzeiros. Disse que não podia estar certo, que era impossível construir uma igreja com tão pouco. Me convidou para fazer as demais igrejas da diocese, e aí respondi que se nos outros lugares tivessem pessoas tão comprometidas como em Linha Cristo Rei, eu aceitava”, conta Querino, ressaltando que, na época, todas as pessoas trabalharam voluntariamente na construção da igreja. 
Nascido na localidade, seu Querino veio para Dois Irmãos em 1977, com a esposa Maria Anita e cinco filhos. Mesmo tendo vindo para a cidade, ele, hoje aos 82 anos, mantém raízes em Linha Cristo Rei, onde é regente do Coral da igreja, hoje formado por 15 integrantes, entre homens e mulheres. Ele também fala da expectativa para a festa de domingo. “Acho que será uma festa muito boa, de muitos reencontros”, finaliza.



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