Por Alan Caldas (Nápoles - Itália) / Na foto, o pizzaiolo Domenico De Novellis, da pizzaria Alfredo
Vindo de Tivoli, chegamos em Nápoles, a 230 km de Roma.
“Capital” do Sul da Itália, Nápoles abre-se em forma de anfiteatro para o mar.
É a terceira mais populosa da Itália. Faz fronteiras com o vulcão Vesúvio e com três Ilhas bem famosas: Capri, Ischia e Procida.
Sua população de 1 milhão de habitantes comprime-se em 117 km2. Falam aqui um italiano rápido e carregado, e têm o dialeto “napolitano”, falado entre eles e que nada tem a ver com o “nosso” italiano.
Cidade da Arte, Nápoles se vangloria de haver inventado a pizza, o mais mundial dos alimentos.
No Panteão de glórias napolitano, porém, estão nomes mundiais como Giordano Bruno, que tirou a Terra do centro do Universo e São Tomás d’Aquino, que unindo a fé com a filosofia aristotélica tentou explicar a teologia.
Nápoles tem 3 mil anos de história e quase foi extinta no ano de 1.656, quando a Peste Negra matou mais de 300 mil napolitanos. Isso era três quartos da população da época. E boa parte dos que sobreviveram a peste ainda morreriam na guerra com o Reino de Espanha.
Há muito que fazer em Nápoles. Começaremos pelos subterrâneos, onde, dizem, se entra num mundo fascinante abaixo da cidade, com túneis, câmaras e segredos ocultos.
Tem também as catacumbas de San Gennaro, o Museu dos Tesouros de Sangenaro, a Capela de San Severo, o Palácio Real de Nápoles, o Museu Arqueológico e a Galeria Borbonica.
Fora isso tem restaurantes e bares, tem o porto e uma vida agitadíssima de rua, à qual vamos a pé porque o trânsito aqui é lindamente caótico.
Dizem que quem vem a Nápoles se apaixona. E Goethe confirma. O gigante da língua alemã andou por aqui e ficou fascinado.
Na volta a Alemanha até caiu em depressão. Escreveu que depois de ver Nápoles você já pode morrer, porque, nas palavras dele, “Nápoles é um paraíso onde todos experimentam uma espécie de embriaguez e esquecimento de si mesmos”.
Vamos, então, ver se o poeta Tedesco tinha razão. E a seguir te conto.