Por Alan Caldas – Editor
Raul Wittmann nasceu no dia 11 de agosto de 1966, em Picada Café, que na época era distrito de Nova Petrópolis. Filho do empresário José Luiz Wittmann e da empresária Nelsi Schneider Wittmann, Raul teve como irmãos André, Jane, Felippe, Solange, Karin, Jussara e Patrícia.
Ele estudou por 4 anos na escola Décio Martins Costa, em Picada Café, e a seguir estudou aqui no Colégio Imaculada Conceição, na 5ª e 6ª Series. Daí foi para o Colégio Pio XII, em Novo Hamburgo, e de lá entrou na Escola Técnica Liberato, e cursou eletrotécnica por 4 anos. No 4º ano, em 1984, prestou vestibular para engenharia Civil na Unisinos e fez os dois cursos simultaneamente, graduando-se em Engenharia Civil em 1993.
Para a formatura da turma de engenharia foi convidado como paraninfo o empresário José Luiz Wittmann, pai de Raul. A turma ficou tão contente com a escolha que, desde lá até aqui, “temos a 31 anos o encontro dos formando aqui na casa do pai”.
Ainda estudante de eletrotécnica Raul começou a trabalhar. Na época havia o loteamento Vale Verde e nas casas que iam surgindo ele trabalhava no projeto e nas instalações elétricas. Quando se formou em engenharia passou a também fazer casas no Vale Verde e tornou-se, assim, construtor de casas. O negócio de construção aumentou e Raul chegou a ter três equipes, tal o número de casas que construía.
Inicialmente ele estava na Wittmann & Cia. Ltda, que era do seu pai, e a empresa englobava uma outra, de detonação. A certa altura, Raul assumiu também a responsabilidade pela empresa de detonação de rocha a fogo, e seguia fazendo casas em Dois Irmãos e Ivoti.
Em 1995 o pai resolveu fechar a Wittmann & Cia Ltda e Raul deu andamento às obras a serem concluídas e, também, lhe coube ser o guardião dos projetos arquitetônicos e complementares da empresa, que só encerraria definitivamente em 2010. Até o dia de hoje segue mantendo os projetos antigos para consulta.
Nesses anos todos o Raul ia construindo casas e mais casas, e foi ganhando notoriedade como construtor. Sua vida era como um bólido e um dia ele precisou de alguém para o assessorar no escritório. Colocou um anúncio no Jornal Dois Irmãos e, para surpresa dele, apareceu um contador.
O Raul seguia construindo casas sem parar e o contador, que trabalha com números, começou a analisar e mapear cada construção para descobrir o custo-benefício real de cada uma dessas construções. Ao fim de alguns meses ele chamou o Raul e fez a pergunta que mudaria a vida dele:
– Oh Raul, quanto você acha que deu de lucro em cada uma dessas casas que você construiu?
Raul não sabia, estava tão envolvido nas construções novas que não tinha reavaliado os custos após a entrega, como despesas de pós-venda e inadimplência. E quando o contador lhe revelou com prova matemática o que realmente era, ele teve uma reflexão profunda que iria fazer sua vida dar uma enorme guinada. Raul chamou suas equipes e avisou que iria parar com as construções. Disse para as equipes ficarem com os materiais, de betoneira a martelo e prego, e buscar se tornar construtores independentes. E se propôs a auxiliar tecnicamente cada um deles. Fez, então, a transição da construção de casas para exclusivamente loteamentos.
O começo não foi fácil, porque um loteamento para gerar lucro tem um ciclo que, do início até o fim, leva no mínimo 8 anos. Começa com a terra, que é de famílias imensas e leva tempo até um acordo familiar, depois tem a legalização, tem o projeto e sua implementação, com licenças, terraplanagem, detonações, instalação de redes de água, esgoto, calçamento, arborização, doação de áreas públicas e diversos itens que para se realizar por inteiro e chegar-se à venda dos terrenos em si leva no mínimo 8 anos. Mas Raul viu ali a luz e partiu exclusivamente para loteamentos. Agradece, e muito, à presença compreensiva, forte e doce da esposa Rose, sua grande parceira de dias bons e ruins, como os que se sucederam no início da jornada.
Atualmente Raul tem muitos loteamentos e na empresa Wittmann Construções trabalham com ele a esposa Rose, o filho Arthur e o contador Valdir Nyland. Além de prédios em Dois Irmãos, como o Imigrante e os 3 blocos de apartamentos no Vale Verde, o Firenze e o Valentine, em São Leopoldo, o Dona Olga em Nova Petrópolis, Raul tem em sua cartela os loteamentos Jardins das Acácias, Jardim do Sol, Jardim Planalto, Residencial dos Plátanos, Residencial do Campo, todos eles em Ivoti. Tem, também, em Dois Irmãos, o Vale Verde II, o Encosta Verde, o Residencial da Montanha, o Jardim União, o Residencial da Montanha II, o Residencial do Lago I, Residencial do Lago II, o Residencial do Lago III, o Residencial Terras Altas e o Residencial Sol Poente.
Na vida familiar, Raul se intitula “um homem de sorte” por ter conhecido a Rose Schmitz. Ela é de Novo Hamburgo mas vinha a Dois Irmãos visitar algumas amigas, que foi quando ele começou a vê-la. Certa vez a Rose ia com essas amigas para a praia e capotou o carro na Freeway. O veículo foi guinchado para Dois Irmãos e Rose estava por aqui quando o Raul a viu caminhando em direção ao centro com o braço enfaixado. Ele lhe ofereceu carona e se reencontraram algumas vezes até que em uma boate Express começaram a namorar.
Raul tinha 18 anos e a Rose morava em Novo Hamburgo. Para falar com ela o Raul tinha de ligar para uma vizinha que gritava “oh Rose, o Raul quer falar contigo”. O namoro era tradicional, só às quartas-feiras, e com encontros no fim de semana. A Rose cursava Contabilidade e Administração de empresas e eles queriam casar logo, mas decidiram esperar ele estar próximo de se formar.
Casaram no dia 13 de março de 1992. O Civil foi no Cartório de Dois Irmãos e o religioso na Catedral São Luiz, em Novo Hamburgo, com festa para amigos bem próximos na Sociedade Ginástica. Foram morar em Novo Hamburgo e ali tiveram 3 filhos: A Bruna, de 28 anos e que é médica; o Arthur, de 26 anos e que é engenheiro civil e trabalha com o pai; e a Giovana, de 26 (gêmea do Arthur) que é engenheira química.
Raul está com 57 anos. Tem 1,86 de altura, pesa 82 quilos, calça 42 e seu sangue é A+. Não tem problemas de saúde, exceto meniscos rompidos e um problema no ombro que o impede nos últimos 3 meses de jogar seu esporte preferido, que é o tênis, onde tem seus melhores amigos. Ele também pratica esqui desde os 10 anos e vai praticamente todo ano para Argentina ou Chile. Como reforço físico, faz Pilates duas vezes por semana, nos últimos 15 anos, e caminha 5 quilômetros também duas vezes por semana.
É romântico, anda de mãos dadas com a Rose e não perde a chance de um bom jantar a dois com vinho. Se sai bem na cozinha, em pratos com peixes e frutos do mar. E janta tarde, perto das 23 horas, o que o leva a não tomar café pela manhã. Gosta de pop rock, lê livros que tenham conteúdo histórico e viajou muito, “mas bem menos do que queria”, brinca ele.
Adora pescar e já pescou em alto mar em vários locais inclusive na Guatemala, onde teve a chance de, junto com os irmãos, subir no Vulcão Água e Fogo, onde por brincadeira assaram um marshmallow no calor do vulcão que inclusive veio a entrar em erupção dois dias depois. Também pesca no Uruguai e Argentina, onde atualmente pratica o Fly Fishing.
É organizadíssimo e gosta de tecnologia, que considera ter realizado “maravilhas” na profissão dele. Participa do Conselho do Plano Diretor de Dois Irmãos, onde representa o CREA em questões de alto interesse da comunidade. Ajuda movimentos voluntários e, embora não fale, foi ele quem repassou ao município quase 6 mil metros quadrados de área no Bairro União, na qual será construída a Escola Municipal Justino Vier que atenderá até 820 crianças.
Aos que pretendem seguir sua estrada profissional, Raul recomenda entender bem onde está entrando e onde quer chegar nessa profissão, que requer muito estudo, dedicação, honestidade, ética profunda e respeito aos parceiros com os quais trabalha. E, sobre o futuro de Dois Irmãos, Raul diz que nossa cidade é industrial e que vamos ter de encontrar caminhos que utilizem a mão de obra qualificada que vamos ter no futuro.