Por Alan Caldas (Taormina - Sicília)
Para entrar na Sicília um ferry sai no porto da Villa San Giovanni e por 36 euros leva o carro e você em 20 minutos até Messina, na Sicília.
Dali viemos para Taormina.
Pérola do mar Jônico e fundada 700 anos aC, Taormina tem 9 mil habitantes em 13 km² e é uma estreita colina a 204 metros de altura em frente ao mar.
Fica tensamente próxima do Etna, maior vulcão da Europa, e 4 dias atrás o gigante roncou e a terra tremeu.
Lançou do alto dos seus 3.357 metros uma nuvem de cinza a 4 quilômetros de altura que espalhou fuligem por toda a região.
O Instituto de Vulcanologia informa que a atividade do Etna “ainda está em valores muito elevados”.
Aqui, porém, turistas passeiam, fazem filas nos restaurantes e não se importam.
Penso que porque a morte é certa o ser humano vive sempre à beira da fatalidade. Por isso, como aqui, mesmo o Etna rosnando ali, as pessoas relaxam e aproveitam.
Taormina é paixão à primeira vista nas ruas, becos, praças, vielas milenares e atrações.
As pessoas são elegantes. Se vê na Corso Humberto, onde nacionalidades diversas transitam em felicidade e barulheira.
Os “point” são Piazza IX Aprile, Igreja San Giuseppe e Sant’Agostino, Torre dell’Orologio, Museo Siciliano di Arte e Tradizioni Popolari, Palazzo Corvaja, o milenar Castelo Saraceno e o teatro greco-romano num penhasco sobre o azul anil intenso do mar Jônico.
Em 2017 os chefões do mundo realizaram aqui sua Cúpula do G7.
A cidade, porém, sempre foi roteiro de intelectuais famosos como Friedrich Nietzsche, Oscar Wilde, Truman Capote, Goethe, Wagner e até o Czar russo Nicolau I.
Todos se apaixonam pela beleza desta romântica Taormina, que nos encanta e certamente abarcará o seu coração também.
FOTOS
1. Porta Messina, um dos acessos históricos de Taormina
2. Ilha Bella é um símbolo de Taormina. É uma pitoresca ilhota que se tornou o Museu Naturalista Regional de Isola Bella desde 2011
3. Taormina é cheia de segredos e lugares inusitados longe do destino turístico central.
Os jardins municipais Duca di Cesarò, Castelmola, Mirante da Piazza Sant’Antonio e Museu da Idade Média Siciliana são exemplos fora do “cenário”