Por Alan Caldas (Editor)
Jorge Alberto Pires Pereira nasceu em Porto alegre, no dia 9 de março de 1963.
Filho do arquiteto Alberto Gomes Pereira Filho e da mãe professora, dona Italice Pires Pereira, o garoto Jorge se criou inventando as próprias brincadeiras.
No tempo em que não existia a tecnologia de hoje, ele jogava taco, andava de bicicleta, brincava de cowboy com a gurizada da rua e teve uma infância feliz.
Jorge é católico. Estudou no colégio Anne Frank e no Rosário, ambos na capital.
Foi sempre bom aluno. Era caseiro. Vivia para os estudos e família. Ao terminar o ensino médio, partiu para a faculdade.
Chegou a pensar em agronomia, porque o avô tinha fazenda e Jorge vivia por lá. Mas havia um tio que era médico. Anestesista. E Jorge era muito próximo dele. Então, sempre que falava com o tio, ele recebia incentivo de entrar na área da saúde.
Lá pelas tantas, Jorge resolveu fazer um teste vocacional para tirar a dúvida e ali apareceu a medicina. Ele olhou o resultado do teste e não teve mais o que pensar. Seu destino estava traçado.
Se inscreveu no vestibular e entrou na Faculdade Federal de Ciências da Saúde, em Porto Alegre. Começou em 1980. Formou-se em 1987.
Graduado, imediatamente ingressou na Residência, ampliando conhecimentos no Hospital Presidente Vargas, de onde, após 2 anos, sairia como pediatra.
Nesse período, conheceu sua primeira esposa, Viviane, que também era médica e com a qual durante o curso do casamento teve dois lindos filhos: o Bernardo, que hoje é advogado, e a Eduarda, que é psicóloga.
A vida é uma estrada que tem retas e tem esquinas, e um dia o casamento chegou ao fim.
Durante o período de Residência para se tornar pediatra foi que Jorge também conheceu Dois Irmãos. A história é bem interessante.
A família da sua mãe, dona Italice, era amiga do médico Alexandre Tennennbaum. Esse doutor, além de chefe do posto de saúde em Dois Irmãos era também médico-chefe do Hospital São José.
A mãe do Jorge certo dia se encontrou com o doutor Alexandre e ele perguntou pelo Jorge. Ao saber que estava fazendo Residência em pediatria imediatamente o convidou para atender em Dois Irmãos, no hospital.
Foi assim que, lá em 1989, o doutor Jorge passou a atender no Hospital São José.
Vinha aos finais de semana. Trabalhava sem parar de sexta pela manhã até domingo de noite, usando seu período de folga na Residência, em Porto Alegre.
Aqui ele atendia pediatria e também a obstetrícia, fazendo partos.
Em 1990, quando terminou a Residência e ganhou o reconhecimento de Pediatra, e já, então, estando bem familiarizado com a cidade, Jorge imediatamente se mudou para Dois Irmãos.
Entrou de sócio na Clínica Dois Irmãos, abriu um consultório e seguiu fazendo os plantões no hospital.
Quem vê hoje quase não acredita, mas naquele ano todo o corpo médico de Dois Irmãos se resumia aos doutores Edézio, Angelo, Arthur, Delano, Ana e Alexandre Tennennbaum.
Dois Irmãos era diferente em tudo. Quando o doutor Jorge, que é Pires Pereira, abriu seu consultório, ele de pronto enfrentou o problema de não falar alemão.
A questão da língua se agravava porque naquele tempo não havia médicos em Santa Maria do Herval e Morro Reuter. E todos daquela área vinham ser atendidos em Dois Irmãos. Além disso, muitos moradores daquela região só se expressavam bem mesmo era em alemão. E o Jorge não falava alemão.
Então, o que fazer?
A saída foi contratar uma secretária que falasse muito bem o alemão. Ela faria a entrevista inicial e, então, o atendimento era facilitado.
O doutor Jorge sempre foi uma pessoa muito expansiva e alegre. E no curso da sua vida em Dois Irmãos o seu coração acabaria flechado pelo cupido.
A cidade era pequena e super comunitária. Havia um grupinho de amigos que diariamente costumava ir tomar cafezinho no Banco do Brasil. Jorge estava entre esses.
Foi ali que ele acabou conhecendo Ilizete Vlieger.
Ela era gerente no banco. Ambos tinham os mesmos gostos. Gostavam de boa comida. Adoravam cavalos. Eram bem-humorados. Gostavam de sorrir. Liam o livro praticamente na mesma página. E a atração foi fatal. Encontros. Desencontros. Risos. Lágrimas. E o amor se fez. Casaram em 2010. Vivem felizes até hoje.
Doutor Jorge trabalhou no Hospital São José até o ano de 2018.
Depois, coordenou uma área do plano de saúde Doctor Clin por 3 anos.
Nesse período que vai de 1990 para cá ele sempre teve seu consultório.
Em seu cadastro de clientes no consultório privado aparecem quase 10 mil nomes. E, fora esses, tem ainda todos os pacientes que ele atendeu no hospital durante quase 30 anos. O número é formidável.
É hiperativo o doutor Jorge. Trabalha em média 10 horas por dia. Atende aos sábados. E atendia aos domingos até pouco tempo.
A cada dia passam pelo seu consultório entre 35 e 40 pacientes. Às vezes mais.
Com tanto trabalho, ele já não dispõe de tempo para o lazer. Antes ele andava de kart ou a cavalo e também pescava. Atualmente seu passatempo se resume ao Tiro Esportivo, esporte que ele pratica a cada quinze dias em paióis de Porto Alegre.
Fora isso, sua vida é trabalho e família.
Suas viagens são para descanso. Seja em praias de Santa Catarina ou em Buenos Aires, que é uma área para fora do país que ele gosta de ir com a esposa, ele vai é para descansar do trabalho.
Em casa ele se apropria da cozinha. Gosta de carnes, a de ovelha em especial, e também de cozinhar peixes. Sua bebida é o vinho. É claro.
Apesar da jornada brutal de trabalho, está sempre de bom humor. Gosta do que faz. E faz com prazer. Por isso não tem dia nem hora para atender. Seu telefone é praticamente público.
É adorado pelas mães e pais. Quando sai na rua é “oi doutor Jorge” para cá, “oi doutor Jorge” para lá. E esse afeto todo se deve à sua forma humana de exercer a medicina. De atender as crianças com carinho. De “ouvir” com respeito e pacientemente as mães que muitas vezes chegam em desespero no consultório por ver seu filho doente. Tudo isso o faz um médico diferenciado. E um médico muito amado e respeitado por todos em Dois Irmãos.