Hospital São José e PA são administrados pelo IB Saúde
Antes de assumir como diretor técnico, o Dr. Tiago Serafim já atuava como plantonista no hospital e foi coordenador médico do antigo Posto 24h, na Avenida Sapiranga. Em 2020, com a inauguração do novo Pronto Atendimento (PA), no Centro, a emergência passou a fazer parte da estrutura da casa de saúde. Confira o que disse o Dr. Tiago:
Clínica geral e pediatria
– Hoje somos um hospital pleno, com emergência porta aberta. Atualmente, no Pronto Atendimento, a gente tem três clínicos, sendo dois 12h/dia (7h às 19h e 19h às 7h). Esses três ficam até o final do mês, quando volta o contrato de base. A gente estava com um médico aditivado em decorrência do aumento da demanda, mas isso finda em setembro, quando passaremos a ter dois clínicos 24h. Além disso, a gente conta com um pediatra. Atualmente, temos o reforço da pediatria de segunda a quarta, mas com o fluxo baixando, a partir de outubro nós vamos permanecer com o reforço apenas na segunda-feira, com dois pediatras.
Serviços
– Hoje, no PA, contamos com laboratório terceirizado. O único serviço intrínseco é o raio-X 24h. Se o paciente precisa de tomografia, a gente tem hospitais parceiros que fazem o exame em caráter de urgência. Serviço de ecografia, nós temos em alguns dias da semana, às vezes com agenda eletiva, em que a gente consegue encaixar as urgências do PA. Mas a maioria das ecos também depende de prestadores externos.
Leitos de sala vermelha
– O hospital conta com médico internista 24h, que é o médico que vê e acompanha os pacientes. O PA hoje tem quatro leitos de sala vermelha (emergências), além de mais seis leitos de observação. O hospital também conta com três leitos de sala vermelha, o que equivale a uma mini UTI. Hoje, quando se precisa de um leito de UTI, o Estado tem demorado bastante – na melhor das hipóteses, o paciente fica 48h, 72h aguardando leito de UTI –, e no nosso hospital, por ter um internista 24h, a gente consegue manter o paciente entubado, com todo o tratamento de medicina intensiva por vários dias. Muitas vezes a gente precisa usar a via judicial para conseguir leitos de UTI, mas enquanto o paciente aguarda, ele tem todo o suporte.
Cirurgia e obstetrícia
– Nosso hospital não tem serviço de cirurgia de urgência. O que temos são cirurgias eletivas, num convênio com o Estado, em que o cirurgião vem no hospital duas vezes por semana para operar pacientes eletivos, aqueles que chegam para consultar com cirurgia agendada. Por exemplo, se o paciente chega com apendicite, nós não operamos; nosso hospital de referência é Sapiranga, e nossa referência secundária é o Hospital Geral (Novo Hamburgo). Esse é um dos motivos que causa um pouco de dúvida nos pacientes, porque a gente depende de um hospital parceiro. O mesmo acontece com cardiologia.
– Temos o serviço de obstetrícia 24h, em que fazemos partos de baixa complexidade. Claro, isso no mundo ideal, pois a gente sabe que muito frequentemente a gente se depara com intercorrências que aumentam a complexidade, e o hospital não tem leito de UTI neonatal; a gente depende do Estado também.
Covid-19 e dengue
– A gente é um PA pequeno, de baixa complexidade, mas a gente faz serviço de gigante. Para se ter uma ideia, durante a Covid, a gente chegou a ter 36 pacientes internados no hospital dependendo de oxigênio. Foram fechados os dois andares do hospital para pacientes Covid, e para os pacientes que não eram Covid nós improvisamos leitos no bloco cirúrgico. Lembrando que o nosso hospital não possui um sistema de oxigênio encanado, a gente depende de cilindros. A gente chegou a ter seis pacientes entubados, pois não havia leito de UTI, e a gente conseguiu manter os pacientes com suporte de vida adequado. No auge da dengue, a gente chegou a ter cinco médicos trabalhando simultaneamente no PA.
(Foto: Octacílio Freitas Dias)