(Foto: Polícia Civil)
Atentos às denúncias e informações que chegam diariamente à equipe, agentes da Delegacia de Polícia Civil de Dois Irmãos, coordenados pelo delegado Felipe Borba, prenderam, só nos primeiros 32 dias de 2022, oito pessoas, entre elas sete homens e uma mulher. Seis prisões ocorreram em janeiro, no município, e duas nesta terça-feira, dia 1º de fevereiro, em uma localidade do interior de Morro Reuter.
Seis prisões foram efetuadas através de mandados de prisão preventiva, solicitadas pela Polícia Civil e decretadas pelo Poder Judiciário: uma por roubo, uma por envolvimento com o tráfico de drogas (extorsões a usuários), uma por abuso sexual, duas por tráfico de drogas e uma por descumprimento de medida protetiva. As demais prisões ocorreram em flagrante: uma por furto de energia elétrica e a outra por posse irregular de arma de fogo. Nestes dois últimos casos, os homens já estão soltos. Foram liberados após pagamento de fiança.
De acordo com o delegado Borba, as prisões demonstram a dedicação da delegacia aos diversos tipos de crime. “Procuramos abranger desde os pequenos delitos, inclusive recorrendo ao emprego de técnicas de mediação de conflitos, até os crimes mais graves e com repercussão na comunidade, os quais muitas vezes redundam em respostas mais intensas, como prisões e cumprimento de mandados de busca e apreensão, sendo exemplos os crimes sexuais, patrimoniais ou de violência doméstica contra a mulher. Acredito que essa amplitude de atuação promova o reconhecimento perante a sociedade, o que é de grande valia para nosso trabalho, principalmente porque com maior confiança e credibilidade a comunidade tende a colaborar cada vez mais com informações, além de desestimular quem eventualmente cogite praticar qualquer infração penal na cidade. Essa é a contribuição que nos cabe como policiais civis”, comenta.
Destacando o trabalho em equipe, o delegado reforça os resultados até aqui em 2022. “Ter alcançado este número de prisões em apenas um mês, sendo recorde da Delegacia de Dois Irmãos, é motivo de orgulho para toda a equipe de policiais. Costumo dizer que prisões não são um objetivo nosso, mas resultado natural de trabalhos importantes”, diz ele, ressaltando que, em janeiro, o número acabou sendo mais elevado em razão da prisão de três traficantes que, além de comercializar drogas, estavam extorquindo por meio de ameaças usuários com dívidas oriundas do vício. “Esse tipo de fato é intolerável, ainda mais numa cidade como Dois Irmãos, sem histórico de criminalidade violenta”, completa.
Respostas rápidas dos demais órgãos também são destacadas pelo delegado. “Gostaria de registrar a celeridade e sensibilidade com que o Ministério Público e o Poder Judiciário analisaram as provas que produzimos nos respectivos inquéritos policiais. Em alguns casos, a prisão foi decretada no mesmo dia em que pedimos”, comenta, ressaltando, também, a dedicação dos policiais da DP local. “Umas das prisões ocorreu num domingo de tarde, após diversas diligências. Outras ocorreram em Novo Hamburgo e em Nova Petrópolis, exigindo extraordinário trabalho de levantamento de dados e monitoramento dos alvos”.
Apoio da comunidade
Mais uma vez, o delegado Borba reforça a importância de a comunidade contribuir com o trabalho da polícia através de informações sobre crimes, pessoas e veículos suspeitos. “A participação da comunidade faz toda a diferença”, destaca. Qualquer informação pode ser passada para a Delegacia de Polícia de Dois Irmãos pelo WhatsApp (51) 98543-7318 ou pelo telefone 3564-1190. O anonimato é garantido.
Delegado Felipe Borba
AS PRISÕES
5 de janeiro
Acusado de dois roubos a estabelecimento comercial no dia 4 de janeiro, um jovem de 22 anos foi preso preventivamente no dia seguinte. A prisão contou com o apoio da Brigada Militar, que momentos antes havia detido o indivíduo após a própria mãe acionar a guarnição alegando que ele estava agressivo.
9 de janeiro
Um jovem de 22 anos, suspeito de extorquir usuários de drogas, a pretexto de cobrar dívidas, foi preso preventivamente no bairro Primavera. Na casa do indivíduo também foi cumprido mandado de busca e apreensão, sendo apreendida porção de maconha, sementes de maconha e porção semelhante à ecstasy, além de uma quantia em dinheiro. O jovem tem cinco passagens na polícia por tráfico de drogas.
21 de janeiro
Homem de 41 anos, suspeito de abusar sexualmente da própria filha, de 13 anos, é preso pela equipe da DP. De acordo com o delegado Borba, o crime teria sido praticado em setembro de 2021, na residência do indivíduo, no município.
27 de janeiro
Apontado como gerente do tráfico de drogas na cidade, um casal foi preso preventivamente em Novo Hamburgo. Durante a ação, os policias apreenderam celulares, documentos e um veículo. O homem, de 26 anos, é morador de Dois Irmãos. Ele tem antecedentes pelos crimes de ameaça, moeda falsa e desacato. Segundo o delegado Borba, informações levantadas durante a investigação demonstraram que a dupla estava logo abaixo do líder da facção que comanda o tráfico de drogas de dentro do sistema prisional.
28 de janeiro
Homem de 40 anos é preso preventivamente após descumprir medidas protetivas decretadas pelo Poder Judiciário. A prisão aconteceu em Nova Petrópolis. De acordo com o delegado Borba, após descumprir as ordens judiciais, o acusado voltou a ameaçar e agredir a vítima. O indivíduo tem antecedente criminais por ameaça, lesão corporal, injúria e vias de fato.
Esta foi a primeira prisão da Polícia Civil com base na Lei Maria da Penha em 2022, integrando a chamada “Operação Schützen”.
1º de fevereiro
Agentes da DP local prenderam duas pessoas em flagrante após cumprirem mandado de busca e apreensão em uma chácara, em Morro Reuter, em investigação sobre mineração de criptomoedas de forma irregular. O dono, um empresário com atuação em Dois Irmãos, de 31 anos, foi preso por furto de energia elétrica, mas liberado após o Poder Judiciário conceder a sua liberdade mediante o pagamento de uma fiança de R$ 10 mil, entre outras condições. O chacreiro foi preso por posse irregular de arma de fogo, e também liberado após pagar fiança.
A ação contou com apoio do IGP (Instituto Geral de Perícias) e da RGE. Conforme avaliação da concessionária de energia, o local consumia, de forma clandestina, o equivalente a mais de R$ 100 mil por mês.