Polícia Civil, com ajuda de veterinário, desenterrou a cadela para investigar causas da morte (Foto: Polícia Civil)
Na sexta-feira (30) à tarde, uma cadela foi encontrada enforcada em uma área de mata, no bairro Planalto, em Morro Reuter. O fato, que gera revolta no município, foi denunciado à Polícia Civil e é investigado pela Delegacia de Polícia de Dois Irmãos. Também foi realizada uma denúncia diretamente ao Ministério Público.
De acordo com o relato do grupo de voluntários Peludos de Morro Reuter, que se dedica à causa animal, e moradoras do bairro, a cadela, chamada Amora, foi encontrada enforcada por uma moradora durante uma caminhada. Ainda naquela tarde, a notícia se espalhou por grupos de WhatsApp, na tentativa de identificar os tutores, porém, sem a localização, moradores enterraram o animal. Apenas no sábado (1º) chegou-se aos donos.
Revoltados com a morte da Amora, o Peludos de Morro Reuter registrou ocorrência na polícia. “Uma atitude como esta não pode ficar impune. A pessoa que cometeu esse crime precisa ser punida”, destaca o grupo, repudiando veementemente qualquer ato de maus tratos contra animais.
Cadela foi desenterrada para investigar causa da morte
De acordo com o delegado Felipe Borba, titular da Delegacia de Polícia de Dois Irmãos, duas denúncias foram recebidas através da Delegacia Online e já nesta segunda-feira (3), foi instaurado inquérito para investigar o caso. Também nesta segunda, a polícia, com a ajuda de um veterinário, desenterrou a cadela, para apurar as causas da morte. “A princípio, o animal será encaminhado para uma universidade”, comenta o delegado, afirmando que denúncias já apontaram um possível suspeito do crime.
Enquanto aguarda a análise, a polícia segue em busca de mais informações que possam ajudar na investigação. Nesta terça-feira (4), estava previsto o depoimento da dona da cadela.
Conforme o delegado Borba, a pena para maus tratos é de 2 a 5 anos de reclusão, com aumento de até 1/3 em caso de morte.
Amora foi encontrada enforcada em um cipó, em uma área de mata em Morro Reuter (Foto: Divulgação)