Em seis meses, 2024 bate recorde anual de casos e mortes por leptospirose no RS na última década

04/07/2024
Fonte: Zero Hora / Foto: GZH

Fonte: Zero Hora / Foto: GZH

A enchente que atingiu os gaúchos em maio de 2024 deixou centenas de vítimas, direta ou indiretamente. Em seis meses, 737 casos de leptospirose foram confirmados no Rio Grande do Sul. A marca supera o total de todo o ano de 2019, quando o Estado teve 695 confirmações, o recorde anual da última década até então. O número de mortes também já ultrapassou as 33 de todo o ano de 2015 - maior volume acumulado até então.

De janeiro a junho deste ano, 43 pessoas morreram em função da doença. Desse total, 25 óbitos foram confirmados a partir de maio, quando o Rio Grande do Sul registrou enchente em grande parte de seu território. Nesse período, apenas caso fatal não teve relação direta com as inundações.

Os anos, além de 2024, que mais registraram casos e mortes por leptospirose também tiveram histórico de enchente no Rio Grande do Sul. Em 2015, o Guaíba teve a segunda maior cheia desde 1967, com 2m93cm. Já em 2019, Alegrete, na Fronteira Oeste, enfrentou a maior cheia desde 1959, com o Rio Ibirapuitã atingindo 14m20cm.

Das 24 mortes atribuídas ao contato com a água contaminada da enchente deste ano, quatro ocorreram em Porto Alegre. Novo Hamburgo e Alvorada tiveram dois óbitos cada. Já os municípios de Cachoeirinha, São Leopoldo, Venâncio Aires, Rio Grande, Pelotas, Três Coroas, Sapucaia do Sul, Igrejinha, Encantado, Charqueadas, Canoas, Alecrim, Capela de Santana, Travesseiro, Guaíba e Viamão tiveram um caso fatal cada.

 

Saiba mais sobre a leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril, transmitida pelo contato com a urina de animais, principalmente roedores, infectados pela bactéria leptospira. A chance de contágio é maior quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria penetra com mais facilidade no organismo humano.

A doença se manifesta de formas variadas, com quadros que podem ser de assintomáticos a graves, quando o paciente não resiste.

O período de incubação — intervalo entre a transmissão até o início das manifestações dos sinais e sintomas — varia de um a 30 dias, mas é comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco.

 

Principais sintomas da fase precoce

Febre

Dor de cabeça

Dor muscular, principalmente nas panturrilhas

Falta de apetite

Náuseas/vômitos

 

 

Confira o número anual de casos e mortes por leptospirose na última década

 

2014

Casos confirmados: 490

Mortes: 26

 

2015

Casos confirmados: 529

Mortes: 33

 

2016

Casos confirmados: 408

Mortes: 17

 

2017

Casos confirmados: 492

Mortes: 20

 

2018

Casos confirmados: 446

Mortes: 20

 

2019

Casos confirmados: 695

Mortes: 28

 

2020

Casos confirmados: 219

Mortes: 7

 

2021

Casos confirmados: 194

Mortes: 15

 

2022

Casos confirmados: 291

Mortes: 16

 

2023

Casos confirmados: 478

Mortes: 25

 

2024 (até 30 de junho)

Casos confirmados: 737

Mortes: 43


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