(Fotos: Divulgação)
O curta-metragem “A Grande Torre”, do diretor dois-irmonense Rodrigo Scheid, foi selecionado para participar do XX Fantaspoa – Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, que acontece de 10 a 28 de abril em quatro diferentes espaços culturais da Capital: Cinemateca Capitólio, Casa de Cultura Mário Quintana, Cine Cult Victoria e Instituto Ling. A exibição do curta será no dia 14, às 19h30.
Rodrigo também assina o roteiro de “A Grande Torre”, que contou com filmagens em Dois Irmãos e Ivoti. O filme tem produção da Barafunda Cinema, produtora de Porto Alegre, e foi financiado pelo Pró-Cultura – Governo do Estado do Rio Grande do Sul, contemplado no “Edital SEDAC 05/2019 Pró-cultura RS FAC do Audiovisual II”. Além disso, conta com apoio do Iecine e apoio cultural de R Camera, Machina Filmes, Naymovie, Tesch Lighting e Onomato Conteúdo.
Morador de Dois Irmãos, Rodrigo estudou na escola estadual Affonso Wolf (Vale Verde). É formado em Produção Audiovisual – Cinema pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS (2018) e trabalha majoritariamente como editor para programas/séries para TV e vídeos publicitários, além de desenvolver projetos próprios na área do cinema enquanto roteirista e diretor.
O primeiro filme dirigido e roteirizado por ele foi o curta-metragem universitário “Programação Normal” (2018), que teve exibições em festivais internacionais como o Lusca Fantastic Film Fest, em Porto Rico, e o Lago Film Fest, na Itália. “A Grande Torre” é seu segundo curta-metragem e tem no elenco Frederico Vittola, Fernando Kike Barbosa e Rosmeri Lorenzon. A duração é de 16 minutos e 55 segundos. Na entrevista a seguir, confira mais detalhes da produção:
Do que trata seu novo trabalho?
Rodrigo – O “A Grande Torre” é um filme de ficção dos gêneros thriller, horror e ficção científica, que conta a história do Lauri (interpretado por Frederico Vittola), um agricultor, viúvo e solitário, que devido às mudanças climáticas que assolaram o mundo precisa lidar tanto com o luto da perda da sua esposa quanto com o fato de não poder mais fazer aquilo que ocupava os seus dias: plantar. Ele busca na fé respostas e esperanças para seguir tentando, mas é na dúvida de suas crenças que ele encontra um novo caminho. Alguns assuntos que o filme trata são a fé, o isolamento social, a ganância, o homem e o meio ambiente. O universo de “A Grande Torre” tem como característica principal a natureza não gerar mais frutos, ou então, frutos podres. Isto se deu, e ainda se dá, principalmente pelos problemas ambientais e climáticos causados pela humanidade: a poluição, o desmatamento, as queimadas, o uso de agrotóxicos, entre outros desastres ecossistêmicos. Estes ressoam como causas de um mal maior que afeta a todos. Porém, ninguém é capaz de especificar qual foi a razão exata que os levou a essa distopia, portanto cada pessoa aplica e busca suas próprias respostas, assim se protegendo do mundo a sua maneira.
Quando será exibido no festival?
Rodrigo – O filme será exibido numa sessão comentada no domingo, dia 14/04, às 19h30, no Cine Victoria em Porto Alegre. Além disso, ficará disponível de maneira online por alguns dias durante o Festival, junto ao resto da programação, dentro plataforma de streaming Darkflix+ (www.darkflixplus.com.br). Para mais informações sobre a sessão e como funcionará o acesso via Darkflix é preciso acompanhar as divulgações nas redes sociais (Facebook: https://www.facebook.com/Fantaspoa; Instagram: https://www.instagram.com/fantaspoa/), pois ainda não começaram o processo de divulgação das sessões, somente dos selecionados.
Esse curta foi feito aqui em Dois Irmãos?
Rodrigo – Sim, foram três diárias de filmagem em Dois Irmãos e Ivoti, em maio, e uma em Porto Alegre, em junho de 2022. Desde lá, vínhamos trabalhando na etapa de pós-produção, finalização e distribuição do curta, que terá seu lançamento agora em abril de 2024. Gravamos em locações nos bairros Vila Rosa e Vale Esquerdo, com destaque para uma das nossas protagonistas: no “caminho da piscicultura” a antiga torre de tijolos no potreiro da família Stoffel. Fica o nosso agradecimento para Andreia Arruda, Carlos Alberto Stoffel, Celso Affonso Stoffel, Fabiane Schmitt, Nair Guth Stoffel e Rui Marcos da Silva por nos disponibilizarem os lugares para filmarmos. Durante o processo de pré-produção e filmagem tivemos o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Dois Irmãos, que nos ajudou sempre que possível, principalmente na figura da Thaís Backes, que era chefe do Departamento de Cultura na época. Além disso, contamos com o apoio local dos restaurantes Rock’s Bar e Santa Cecília, e tivemos moradores da cidade na figuração e na equipe técnica (para além de mim, motoristas também trabalharam no projeto).
Como aconteceu a seleção para o XX Fantaspoa?
Rodrigo – Dentro da etapa de distribuição do filme, o primeiro passo costuma ser a inscrição em festivais de cinema, salvo exceções. É nesse circuito que tanto o filme quanto os realizadores ganham visibilidade, e assim, conseguem ampliar as possibilidades posteriores de comercialização dele. Digo isso para além do objetivo principal: que é conseguir compartilhar ele com o mundo, já que fazemos filmes para que eles sejam vistos. Como o “A Grande Torre” é um filme do gênero fantástico, é um passo quase óbvio inscrevê-lo para participar do processo de seleção do Fantaspoa, devido ao seu reconhecimento dentro do setor e o quanto ele te “coloca no mapa” em questão de visibilidade. Importante destacar que esta será a Première Mundial do curta, é o primeiro festival que terá a sua exibição.
Qual é a importância deste evento?
Rodrigo – O Fantaspoa (Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre) ocorre anualmente na cidade de Porto Alegre desde 2005. É considerado o maior festival de cinema dedicado exclusivamente a filmes de gênero fantástico (fantasia, ficção-científica, horror e thriller) da América Latina. É possível acessar um pouco da história em https://fantaspoa.com/festival/historia. Saiba mais também em https://fantaspoa.com/curtas/sessao-04/#a-grande-torre.
