Jornal Dois Irmãos

Projeto Cinema e Teatro – Nossas Origens reúne alunos no contraturno escolar

Inédito na escola municipal Felippe Alfredo Wendling, em Dois Irmãos, o Projeto Cinema e Teatro – Nossas Origens reúne, ao longo de 2023, mais de 20 alunos do 5º ao 8º ano do ensino fundamental em atividades no contraturno escolar, de forma gratuita.

Idealizadora do projeto, a professora de Arte Cátia Weiler conta que o objetivo foi aliar o estudo das linguagens do cinema e teatro com os estudos sobre a imigração alemã, aproximando a atividade da realidade dos alunos e da história do município.

O trabalho realizado ao longo do ano pode ser visto em duas grandes produções assinadas pelos alunos: a peça teatral Generieren – Faça Acontecer, estreada pelos alunos de teatro na Feira do Livro da cidade, em outubro; e o curta-metragem Alento, produzido pelos alunos de cinema e que estará disponível nos canais oficiais da escola a partir do segundo semestre de dezembro.

Formada com Láurea Acadêmica em Licenciatura em Arte pela UFRGS e em Teatro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde morou por 10 anos, Cátia também é formada em música pela Escola de Música Villa-Lobos, estudou cinema e interpretação para televisão e fez participações na Rede Globo, além de atuar como atriz em peças teatrais. E, ao longo deste ano, buscou compartilhou toda a sua experiência e conhecimentos com os grupos, através de estudos e jogos teatrais, por exemplo.

Generieren – Faça Acontecer

A peça teatral leva ao palco o encontro das gerações. Aborda o respeito aos mais velhos, as tradições e como as novas gerações contribuem para juntos contarem a história abarcando a todos. É a história de uma menina que não gostava de ler e estudar. Em uma conversa mágica com sua avó, ela descobre a importância dos livros, de saber a sua história e respeitar as tradições.

Com aulas nas tardes de sexta-feira, os alunos trabalharam o ano inteiro na peça, que tem duração de aproximadamente 15 minutos. Orgulhosa, a professora Cátia relembra a estreia. “Fiquei surpresa com a apresentação deles. Foi a primeira vez que se apresentaram fora da escola, para um público tão expressivo”, diz ela, contando que todos estavam seguros, sabendo exatamente o que cada um deveria fazer.

Alento

O curta-metragem aborda problemas e desafios enfrentados pelos jovens de hoje em dia e faz um paralelo com as questões dos jovens da época da imigração, como a proibição dos casamentos entre pessoas de religiões diferentes. Na história, Hilda volta no tempo e descobre a história de sua avó e a irmã, que viajaram ao Brasil junto aos primeiros imigrantes e enfrentaram as questões da época.

Produzido pelo grupo, que se reúne nas manhãs de sextas-feiras, o curta tem duração de 12 minutos e é o segundo produzido por eles este ano; o primeiro foi sobre o Maio Amarelo, que chama a atenção para os cuidados no trânsito.

Responsável pelas edições, a aluna Karina Schmitt, de 13 anos, fala com orgulho do trabalho produzido pela turma. “Olhar tudo pronto deixa e gente feliz, emocionada, depois de tanto tempo editando e se dedicando para dar tudo certo”, comenta, contando que muitas vezes fez edições de madrugada, para evitar interferências de barulhos externos no curta. “Foi uma experiência muito legal. Todos deram o seu máximo”, completa a aluna Lara Schnewald.

Projetos ajudaram alunos a desenvolver a comunicação

Além de entregas que orgulham professora e alunos, o Projeto Cinema e Teatro também ajudou a desenvolver a comunicação do grupo. “Hoje nos comunicarmos melhor, nos apresentamos com mais tranquilidade na frente das pessoas”, comenta a aluna Giovanna Canterle. “É impressionante como perdemos a timidez. Parece que quando estamos no personagem, estamos no corpo dele”, destaca orgulhosa a aluna Késia Ester Dickel.

O aluno Vitor Samuel Schmitz concorda com os colegas. Ele começou a frequentar as aulas de cinema para ter uma ocupação no contraturno e ganhou muito mais que isso. “Fui perdendo a timidez e hoje consigo me expressar melhor, me abrir mais para conversar com as pessoas”. “No início, éramos todos mais tímidos e o teatro ajudou a gente a se comunicar melhor”, conta João Pedro Klein Felix.

Estudantes de teatro

Amanda dos Santos de Vargas

Ana Carolina Lautharte

Ananda Nicoli dos Santos Falcão

Bruna Isabel Reuter Hahn

Guilherme Frigotto Martins

Jafhya Gomes da Silva

Jéssica Victória Gastring Machado

Júlia Eduarda da Silva Bender

Kauã Machado Dallbello

Ketlyn Luft Rozim

Laura Soares Back