Fonte: ge / Foto: João Praetzel / Agência RBS
Rafae Borré foi apresentado pelo Inter na tarde desta quarta-feira (6), na sala de conferências do estádio Beira-Rio. O colombiano definiu o momento como “especial”, explicou a escolha pelo futebol brasileiro e projetou a dobradinha com Ennner Valencia no ataque colorado.
O colombiano de 28 anos recebeu das mãos do presidente Alessandro Barcellos a camisa número 19 e a carteirinha de sócio de número 135 mil, recorde atingido pelo clube nesta semana. O vice de futebol Felipe Becker e o diretor de futebol Magrão também estiveram presentes.
Borré exaltou a força da torcida no processo de convencimento ao Werder Bremen, especialmente pela campanha “FreeBorre” nas redes sociais. O atacante elogiou o projeto apresentado, que o convenceu a retornar à América do Sul, e detalhou os bastidores da negociação.
– Foi muito importante, desde o primeiro momento que senti o carinho dos torcedores, me interessei pelo clube, os jogadores que tinha, campanhas anteriores que fez, grandes partidas na Libertadores, o projeto esportivo que tem, me motivou muito e obviamente a torcida foi importante – afirmou o colombiano.
– A princípio era difícil tomar a decisão, porque minha carreira estava bem focada em ficar mais na Europa ou estar em outras ligas, mas quando conheci o projeto do Inter, os torcedores, passei a me interessar em vir. Desde esse momento passei a gostar da ideia, foi muito importante o que a direção me mostrou, o time é bem construído com jogadores de nome, não somente eu, os que já estão no plantel. Um jogador sempre quer estar num projeto assim – acrescentou.
O colombiano não prevê dificuldades para se adaptar, uma vez que o elenco conta com vários estrangeiros. Borré evitou estipular uma data para estrear, mas já projetou como encaixará no modelo de Coudet e como funcionará ao lado de Valencia.
– Com Enner tive oportunidade de enfrentar, teremos a oportunidade de jogar juntos, sei as condições que ele tem, muitas vezes gosto de sair da área e isso para mim é bom porque também posso ficar como 9, sair e ele ficar como 9. Também é muito importante não somente com Enner, com Lucas, Lucca, demais atacantes, ter esse feeling para poder encontrar diferentes variantes porque o coletivo é o mais importante. Obviamente jogadores de hierarquia terão mais partidas, mas o coletivo nos vai ajudar a sustentar o time para conquistar os objetivos – projetou.
Conforme apuração do ge, o plano colorado é tê-lo na próxima quarta-feira (13), contra o Nova Iguaçu, pela segunda fase da Copa do Brasil. Borré fica à disposição da comissão técnica para treinar pela primeira vez a partir das 17h no CT Parque Gigante. O departamento jurídico trabalha nos bastidores para acertar questões de documento e visto de trabalho para regularizá-lo no BID até o fechamento da janela, nesta quinta-feira (7).
Veja mais trechos da coletiva de Borré
Estreia
– Conduzir a ansiedade de poder jogar, começar a treinar, mas às vezes é importante que o corpo técnico possa manejar da melhor forma. Há momentos para cada situação, o mais importante é o coletivo, essa ansiedade, um pouco de calma para fazer as coisas de maneira especial.
Inter e Porto Alegre
– Foi muito importante, não somente me mostraram a parte esportiva, mas também o que a cidade pode oferecer a mim e minha família. Quando faz uma mudança de vida tão importante e drástica, vir a outro país, é importante saber onde vai chegar. Nesse sentido o clube também esteve interessado em me mostrar, já conheço algumas coisas que para minha família será bom.
Nível de competição no ataque
– Lindo problema que terá o Chacho. São muitas competições, importante ter jogadores de muita qualidade, será importante que todos estejam prontos, para ganhar todos precisam estar bem. Se logo eu não puder ser decisivo, será Enner, Mauricio, Lucas (Alario), para conseguir os objetivos precisamos de todos.
Retorno à América do Sul
– Muita felicidade, vivi coisas lindas no futebol sul-americano, sei como se vive o futebol aqui. Muitos momentos falava com minha família e sentia um pouco a falta dessa paixão de viver o futebol sul-americano, dessa forma, também fez parte da minha decisão viver o que estava acostumado.
Relação com Coudet
– Tive a oportunidade de compartilhar campo, o enfrentei em muitas situações, gostava do seu estilo de jogo. Teve times competitivos na Argentina, o enfrentei no Racing, me identifico com seu estilo. Um treinador com suas qualidades, me ajudou a tomar minha decisão, é um treinador que encontra muitas variantes.