Situação das serventes de escola é discutida em reunião com o prefeito

07/09/2023
(Foto: Divulgação / Câmara)

(Foto: Divulgação / Câmara)

Na sessão de segunda-feira (4), o presidente Ederson Bueno (MDB) comentou que ele e o colega Darlei Kaufmann (PSB) estiveram em reunião com o prefeito Jerri Meneghetti para tratar da situação das serventes de escola.

– Conversamos muito sobre a diminuição da carga horária; elas trabalham 44h, o objetivo era passar para 40h. O prefeito logo ressaltou um ponto do horário das escolas, que teria que haver dois turnos e poderia ser algo um pouco difícil de manejar num primeiro momento. Ele também trouxe a questão da faxina, que já está bem desenvolvida. Provavelmente será retirada essa atribuição das serventes, o que vai facilitar um pouco o trabalho, até porque eu acredito que a questão da faxina seja muito puxada. A gente tem escolas com quase 300 alunos e, às vezes, duas pessoas para fazer a faxina. A questão estrutural, de melhorias na climatização (ar condicionado), parece que não vai ser um ponto muito difícil de atingir, assim como o pagamento de horas extras semanais – explanou.

Ao lado dos colegas Sergio Kroetz (PP) e Sheila da Silva (PT), o vereador Darlei formou uma comissão especial com o propósito de assessorar o Poder Executivo na busca de soluções para a categoria. Ele voltou a citar os recorrentes pedidos de exoneração.

– Não tem como trabalhar recebendo R$ 1.700 por mês, às vezes passando o dia inteiro ao redor de um fogão ou limpando prédio. A questão salarial é muito importante, e conservamos com o prefeito sobre isso. Muitas vezes se conta a insalubridade como salário, mas não é. Estive lendo uma pesquisa sobre isso, e a vida laboral de quem faz faxina e trabalha pesado o dia inteiro é muito curta, então não se pode usar insalubridade como salário.

Para Sheila, a prefeitura precisa agir imediatamente.

– Essa enxurrada de exonerações e contratações não é normal. Não é possível que o poder público não faça algo diante desse cenário. Enquanto relatora, junto com a comissão, eu defendi a redução da carga horária de 44h para 40h, sem prejuízo salarial, com a possibilidade de quatro horas extras eventuais. Mediante avaliação da equipe gestora, essas horas extras seriam negociadas. Ou então a reclassificação do cargo. A gente precisa encaminhar uma ação, porque a insatisfação da categoria vem de muito tempo – comentou.


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