Fonte: GZH
O Rio Grande do Sul recuperou quase 40% das vagas de trabalho formal perdidas durante a pandemia. Em intervalo de quatro meses, de julho a outubro, o Estado criou 51,1 mil empregos com carteira assinada. O resultado ocorreu após a destruição de 135,4 mil postos nos quatro meses anteriores, de março a junho. Ou seja, a parcela de 37,7% já foi retomada.
O desempenho reforça os sinais de alívio, mas não elimina todas as incertezas do radar. Nas últimas semanas, os gaúchos amargaram novo aumento nos casos de coronavírus, o que provocou restrições no horário de funcionamento de empresas. O temor de economistas é de que a piora na pandemia possa frear a reação no mercado de trabalho. Para chegar ao percentual de vagas já recuperadas, ZH comparou estatísticas do Caged, o cadastro de empregos formais do Ministério da Economia. Os dados ainda estão sujeitos a ajustes, porque empresas podem atrasar o repasse das informações ao governo. Os números contemplam o saldo de vagas. Esse indicador corresponde à diferença entre contratações e demissões.
Isso significa que, de março a junho, quando o mercado de trabalho ficou no vermelho, os cortes superaram as admissões em 135,4 mil contratos. O saldo é maior do que a população de um município como Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo (131,4 mil habitantes). Passado o efeito inicial da crise, o Estado voltou a ter desempenho positivo em julho: acumulou, até outubro, 51,1 mil contratações a mais do que demissões. A marca supera a população de Estância Velha, no Vale do Sinos (50,7 mil).