“Quando eu me senti mãe pela primeira vez, me senti importante para alguém”

08/05/2022
Patrícia com a filha Kemilin

Patrícia com a filha Kemilin

A história de como Patrícia Gonçalves de Fraga Marmitt virou mãe não é como se imagina em uma família tradicional, e justamente por isso se torna especial. Ela tinha 22 anos e já era casada com Romaldo Marmitt. Ao perceberem que a irmã dela, de apenas 17 anos, estava em uma situação muito ruim, e observarem sua filha de apenas cinco meses vivendo em meio a isso, decidiram adotar Kemilin Maiara Gonçalves.

Na época, o casal não tinha muitas condições financeiras e teve o desafio de conseguir tudo que Kemilin precisava em pouco tempo. Algumas roupas foram doadas pelo Conselho Tutelar, e com a guarda da menina em mãos, eles conseguiram colocá-la na creche. “É diferente porque quando tu engravida vai se preparando para o nascimento. Eu faria tudo de novo, o amor que sinto por ela é imenso”, conta Patrícia.

O momento em que Patrícia se sentiu mãe foi quando pela primeira vez ganhou um presente de Dia das Mães da filha. “Chorei no meu primeiro presente de Dia das Mães, fizeram um véu com um sabonete, eu tenho guardado até hoje. É algo tão simples, mas foi meu melhor presente. Quando eu me senti mãe pela primeira vez, eu me senti importante para alguém”, diz ela.

 

Sentimento na mesma medida

Depois de algum tempo, Patrícia teve Evelyn Marmitt, sua filha mais nova que atualmente tem 13 anos. Alguns diziam a Patrícia que o amor por filhos biológicos difere do amor por filhos adotivos, e ela aprendeu por meio da experiência que o afeto é igual, independente da forma que o filho chega até a família.

Durante a festa de 15 anos de Kemilin, ela homenageou a mãe e os pais fizerem todo o possível para realizar a festa dos sonhos para sua querida filha. Na atualidade, Kemilin tem 18 anos e conseguiu uma bolsa de estudos para estudar fora do país, além de uma para estudar no Brasil. Para a mãe, as duas meninas são seu orgulho e sua razão de viver.

 

O que significa ser mãe para você?

– Ser mãe é maravilhoso, tem o lado triste, o lado que traz felicidade. Nós nos preocupamos quando eles saem. Mãe tem que orientar, dar amor, porque alimentar faz parte do básico, mas dar bastante amor é a base de tudo. Mãe é um conjunto de tudo: é professora, é psicóloga, é faxineira, é cozinheira, é babá, de tudo um pouco. O que mais me fortalece é dar amor e educação para elas trilharem o caminho do bem – diz Patrícia.



Em família: Romaldo, Kemilin, Evelyn e Patrícia na festa de 15 anos de Kemilin


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