(Foto: Divulgação)
A Secretaria de Planejamento e Habitação de Dois Irmãos divulgou nesta terça-feira (7) mais 200 nomes para integrar a lista de suplentes do projeto habitacional “Um Lar Para Chamar de Meu”. Entre titulares e suplentes, 500 pessoas já foram chamadas. Os selecionados devem comparecer até dia 14 de julho, das 8h às 13h30, no Complexo Esportivo Municipal Norberto Emílio Rübenich (Vila Rosa), munido de um documento de identificação.
O secretário Nei Fernando Ferraz explica que o novo chamamento ficou pré-definido em reunião com o Conselho Municipal de Habitação. “É necessário, tendo em vista os prazos de aprovação de crédito e de validação das famílias na Caixa Econômica Federal para geração dos contratos dos beneficiários do empreendimento”, diz ele, ressaltando que, se for preciso, novos suplentes serão chamados. O imóvel está avaliado em R$ 220 mil, mas com o projeto e a parceria do município terá o custo de R$ 155 mil e R$ 158 mil, dependendo do beneficiário, que pode financiar até 80% do imóvel. A lista de suplentes está disponível no site da prefeitura (https://doisirmaos.atende.net/). Nei disse ainda que o conselho está ciente das dificuldades encontradas no momento em razão da pandemia. “Os critérios utilizados sempre buscaram beneficiar quem tinha mais tempo de moradia em Dois Irmãos e também mais carência”, comenta.
SAIBA MAIS
Segundo novas informações divulgadas pela prefeitura, a Caixa Econômica Federal financia até 80% do valor do imóvel e os outros 20% são financiados diretamente pela construtora. Os valores variam conforme a análise de cada cliente. A parcela de entrada varia conforme a renda comprovada do adquirente, e começa em R$ 7 mil. É possível utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagamento da parcela de financiamento com a construtora. A parcela de entrada pode ser financiada em até 16 vezes com a construtora, mediante análise de crédito.
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Repercussão indignada nas redes sociais
Na sessão de segunda-feira (6), vereadores da oposição criticaram a iniciativa da prefeitura por conta dos altos valores. Joracir Filipin (PT) afirmou que o projeto terá prestações iniciais na faixa de R$ 1 mil e obriga muitos selecionados a desembolsarem uma entrada de cerca de R$ 30 mil. “Não vai contemplar a maioria do nosso povo trabalhador”, observou. O colega Paulo Fritzen (PSD) classificou como ‘politicagem’. “Deviam mudar o nome para ‘Um lar chamado de meu rico’, porque é a classe média rica que vai conseguir pegar esse financiamento”, alfinetou.
Nas redes sociais do JDI, a notícia sobre a repercussão do projeto na Câmara provocou mais reações indignadas. “Uma pena, estão tripudiando em cima dos sonhos de quem conseguiu apresentar toda a documentação. Poucos, mesmo ainda trabalhando, conseguirão dar conta dos valores exigidos, que dirá um idoso ou deficiente físico, público para o qual são destinadas 16 casas do projeto. Foram três anos de sonho e angústia desde a inscrição até aqui, e agora todos se deparam com um projeto bonito, mas nada popular. Uma lástima”, escreveu um leitor. “As casas são mais baratas do que os banheiros da praça. Acho que a prefeitura não sabe da realidade das pessoas sem casa”, comentou outro, lembrando a polêmica reforma e ampliação nos banheiros da Praça do Imigrante (Centro), licitadas em R$ 197 mil.