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Isaquias Queiroz conquistou nesta sexta-feira (9) a medalha de prata no C1 1000m de forma épica, se recuperando depois de passar a parcial dos 750m em quarto lugar. O canoísta brasileiro passou por um ciclo complicado antes de Paris, com um ano sabático para cuidar da saúde mental.
– É uma sensação de alívio, muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim. Essa medalha é como se eu tivesse sido campeão olímpico. É um peso que tiro das minhas costas. Muita gente não acreditou em mim, pelos meus resultados nesse ano. Eu estava bem atrás. 2023 foi um ano muito especial, em que percebi o que não é ser super campeão mundial, super atleta; é ser humano, com problema mentais, psicológicos, físicos. Tive a oportunidade de sentir essa sensação e remontar. Lembrei que o Sebastian (filho) pediu o ouro. O ouro não deu, mas fico feliz de subir no pódio e entregar essa medalha para ele, que faz aniversário em agosto, e para toda a minha família. Chegar aqui e ser prata, ser porta-bandeira do Brasil, representar minha Bahia, meu Brasil, obrigado por todo mundo que acreditou em mim. Eu saí de uma modalidade pequena, e hoje o Brasil inteiro sabe o tamanho da canoagem – declarou.
Desde o ouro em Tóquio, que o consagrou definitivamente no Olimpo do esporte, Queiroz teve anos de altos e baixos, em que ficou perto de desistir algumas vezes. Depois de terminar 2022 com medalhas no Campeonato Mundial, o peso de estar dez anos seguidos na seleção nacional chegou. O baiano demorou para voltar aos treinos. A opção foi de ficar mais tempo com a família, em Ihéus (BA), do que treinando com a seleção brasileira em Lagoa Santa (MG). Foram mais de quatro meses mantendo a forma apenas em academia e remando esporadicamente.
– Lauro teve que se virar nos 30 para fazer eu andar nos últimos meses, tive que correr muito pra chegar em forma até aqui. Não é fácil ficar fora do pódio, com o Jacky ontem. Por isso estava muito triste – afirmou Isaquias.
Queiroz emplacou vaga no pódio do C1 1000m pela terceira edição consecutiva das Olimpíadas, algo que nem mesmo Sebastian Brendel, lenda da modalidade e grande rival do brasileiro, conseguiu.
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Canoísta chega a cinco medalhas olímpicas e se iguala a Torben e Scheidt; Rebeca lidera
A prata conquistada no C1 1000m em Paris fez Isaquias Queiroz subir na lista dos recordistas olímpicos do Brasil. Agora com cinco medalhas, ele aparece em segundo ao lado dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. A ginasta Rebeca Andrade lidera o ranking, com seis. Além da conquista em Paris, Isaquias foi ouro no C1 1000m em Tóquio, prata no C1 1000m e também no C2 1000m na Rio 2016, quando também levou o bronze no C1 200m.
Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da atual edição dos Jogos, Isaquias iniciou a participação nas Olimpíadas de Paris empatado com Serginho (ex-líbero com dois ouros e duas pratas). Ele tinha a chance de empatar com Rebeca, mas não subiu ao pódio no C2 500m - ficou em último na final da categoria ao lado de Jacky Godmann. Rebeca se isolou no topo da lista com as quatro medalhas em Paris: bronze por equipes, prata no individual geral e no salto e ouro no solo.
Rebeca Andrade (ginástica artística) - 6 medalhas
Ouro no salto em Tóquio 2020
Prata no individual geral em Tóquio 2020
Prata no individual geral em Paris 2024
Prata no salto em Paris 2024
Bronze por equipes em Paris 2024
Ouro no solo em Paris 2024
Robert Scheidt (vela) - 5 medalhas
Ouro na classe Laser em Atlanta 1996
Ouro na classe Laser em Atenas 2004
Prata na classe Laser em Sydney 2000
Prata na classe Star em Pequim 2008
Bronze na classe Star em Londres 2012
Torben Grael (vela) - 5 medalhas
Ouro na classe Star em Atlanta 1996
Ouro na classe Star em Atenas 2004
Prata na classe Soling em Los Angeles 1984
Bronze na classe Star em Seul 1988
Bronze na classe Star em Sydney 2000
Isaquias Queiroz (canoagem) - 5 medalhas
Prata no C1 1000m na Rio 2016
Prata no C2 1000m na Rio 2016
Bronze no C1 200m na Rio 2016
Ouro no C1 1000m em Tóquio 2020
Prata no C1 100m em Paris 2024
Serginho (vôlei) - 4 medalhas
Ouro em Atenas 2004
Prata em Pequim 2008
Prata em Londres 2012
Ouro na Rio 2016