Fonte: G1
“Parasita” foi o grande vencedor do Oscar neste domingo (9). A cerimônia dos melhores do cinema aconteceu em Los Angeles. A dramédia sul-coreana sobre diferença de classes recebeu quatro estatuetas e se tornou o primeiro não falado em língua inglesa a vencer como Melhor Filme. Além do principal prêmio, o cineasta Bong Joon Ho também ganhou como roteiro original, diretor e filme internacional.
Outros destaques:
- “1917”, drama de guerra dirigido por Sam Mendes, ficou com três estatuetas;
- “Coringa”, “Ford vs Ferrari” e “Era uma vez em Hollywood” ganharam duas cada;
- “O Irlandês” não ganhou nenhuma de suas dez indicações;
- Nas categorias de atuação, Joaquin Phoenix, Renée Zellweger, Brad Pitt e Laura Dern foram premiados.
“Se a Academia deixasse, eu gostaria de pegar uma serra-elétrica e quebrar minha estatueta em cinco pedaços com todos vocês”, disse Joon-ho, ao vencer como Melhor Diretor. Ele disse que estudou Scorsese e que Tarantino foi um dos primeiros a elogiá-lo. “Não quando nos cancelamos pelos erros do passado, mas quando nos guiamos para crescer, por redenção, esse é o melhor da humanidade”, disse Phoenix, ao ganhar seu primeiro Oscar.
Oscar ou Grammy?
Além das cinco músicas indicadas Melhor Canção Original, a cerimônia também teve performances de Eminem e Billie Eilish. O rapper cantou “Lose Yourself”, música que ganhadora do Oscar em 2003, quando ele não foi à premiação receber a estatueta. A cantora americana de 18 anos se apresentou com seu irmão e produtor Finneas. O show foi no tributo aos profissionais da indústria do cinema que morreram recentemente, com uma versão de “Yesterday”, dos Beatles.
Outro momento musical de destaque foi quando um trio conhecido por interpretar heroínas (Gal Gadot, Sigourney Weaver e Brie Larson) apresentou a maestrina Eímear Noone. Pela primeira vez em 92 anos, uma mulher conduziu a orquestra da premiação, tocando todas as trilhas sonoras indicadas. Deu o óbvio, com “Coringa” e a islandesa Hildur Guðnadóttir.
Melhor Documentário
“Indústria Americana” ganhou o Oscar de Melhor Documentário. “Democracia em vertigem”, da diretora brasileira Petra Costa, era um dos indicados na categoria. Produzido pelo casal Obama, o documentário vencedor mostra os contrastes entre a cultura americana e chinesa durante a abertura de uma fábrica em Ohio, nos Estados Unidos.
Coadjuvantes
Brad Pitt ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel como um dublê veterano em “Era uma vez... Hollywood"”, dirigido por Quentin Tarantino. “Eu tenho 45 segundos, é mais do que o senado deu ao John Bolton nesta semana”, disse Pitt, citando o ex-consultor de segurança nacional da Casa Branca e a participação dele como testemunha no processo de impeachment do presidente americano Donald Trump. Foi a primeira estatueta de Brad Pitt em uma categoria de atuação. Ele já havia vencido como produtor por “12 anos de escravidão”.
Em sua terceira indicação, Laura Dern levou como coadjuvante por “História de um casamento”. Em seu discurso, citou o pai dela, Bruce Dern.
Duplas de destaque
Em uma edição sem um apresentador conduzindo toda a cerimônia, a segunda seguida, algumas duplas se destacaram. Steve Martin e Chris Rock fizeram o discurso inicial. Sobrou, por exemplo, para o multibilionário Jeff Bezos, dono da Amazon (“Ele viu ‘História de um casamento’ e parece uma comédia”). Também teve piada para Martin Scorsese. (“Eu adorei a primeira temporada de ‘O irlandês’”). Maya Rudolph e Kristen Wiig também fizeram a plateia rir no anúncio de Direção de Arte. Julia Luis-Dreyfus e Will Ferrell brincaram que não sabiam o significado das categorias melhor fotografia e edição.