Sheila da Silva (PT)
Na sessão de segunda-feira (8), em Dois Irmãos, os vereadores dos partidos de oposição fizeram cobranças na área da saúde. Paulino Renz (PDT) comentou que a falta de médicos nos postos da cidade é um problema constante. “Não adianta ter posto em todos os bairros; precisa ter médico. Não adianta enfeitar a cidade com posto de saúde se não tem médico”, disparou.
Sheila da Silva (PT) igualmente cobrou melhorias no atendimento da população. “Todos nós, vereadores, somos capazes de apontar pelo menos um drama de pessoas que sofrem a angústia das filas de espera por exames e cirurgias. Fico muito impactada quando me deparo com o caso de uma gestante, por exemplo, que chega com sangramento na Emergência, é hospitalizada e somente na tarde do dia seguinte tem seu exame de ecografia feito. Durante esse processo de espera, infelizmente houve o aborto. Isso se confirmou depois da ecografia feita”, mencionou. “Se temos um serviço contratado que não atende a demanda, é preciso equacionar a partir do contrato assinado ou rever o contrato. A gente sabe que os serviços de saúde custam muito caro, mas a gente precisa otimizar os serviços contratados”, afirmou a vereadora.
Por fim, Sheila citou outro episódio de longa espera: “Também fico comovida com o caso de uma paciente que precisa de exames pré-operatórios, para fazer uma cirurgia de urgência, e aguarda desde outubro essa marcação de exames”.
Paulino Renz (PDT)
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Situação se manifesta
Sobre a falta de médicos citada por Paulino, Ramon Arnold (PP) lembrou os projetos de redução de salário aprovados pela Câmara em 2020. “Tivemos, no ano passado, uma redução nos salários de secretários, prefeito e vereadores. Os médicos, muitas vezes têm seus salários balizados por esses vencimentos. Em outras cidades, os rendimentos de médicos são muito maiores. A redução dos salários tem consequências, e essa é uma delas”, disse ele, sugerindo que a questão seja revista pela atual legislatura.
Elony Nyland (MDB) tratou de contemporizar as reclamações: “Não existe saúde pública com atendimento 100% correto. Deveria haver, mas a gente sabe que é impossível”.