Proprietários de academias contestam fechamento por decreto estadual

12/03/2021
Restrições da bandeira preta seguem valendo pelo menos até o próximo dia 21

Restrições da bandeira preta seguem valendo pelo menos até o próximo dia 21

Uma das restrições da bandeira preta que provoca bastante contestação é a que proíbe o funcionamento de academias de ginástica, centros de treinamento, quadras, clubes sociais e esportivos. A classificação de risco altíssimo para propagação do coronavírus seguirá pelo menos até o próximo dia 21, mas, em reunião nesta quarta-feira (10), o governador Eduardo Leite admitiu que o prazo pode ser estendido.

Representantes do setor lamentam a situação vivida no Rio Grande do Sul. “Mandar fechar é ignorância. Eles acham que o pessoal fica em casa, mas estão trabalhando clandestinamente, e trabalhando errado. Então, que deixem o povo trabalhar e obriguem todos a trabalhar da forma correta; fiscalizem e multem”, diz André Birk, empresário e educador físico da Oxygen Centro de Treinamento de Dois Irmãos e Parobé. “A atividade física ajuda a não ter sintomas agravantes, a não pegar Covid e a ter uma saúde em geral melhor. Isso já foi mais do que provado e mesmo assim estamos fechados. Disseram que fecharam as academias porque as UTIs estão lotadas, sendo que o exercício evita que as pessoas muitas vezes cheguem a casos graves”, acrescenta ele.

Julio Pauletti, educador físico e coordenador do CT Body’s, também entende que a proibição de funcionamento vai na contramão de uma vida mais saudável. “Alguns dos nossos alunos contaram que pegaram o vírus, mas nenhum deles teve que ser hospitalizado. Então, a gente está num contrassenso de estar colocando um serviço que melhora a vida das pessoas, que diminui a chance de ir para um leito de UTI, como responsável pela disseminação do vírus”, opina o profissional.

 

Fundamental na pandemia

O educador físico Jonas Klaudat, da Academia Vidativa, reitera que a atividade física é essencial, principalmente na atual realidade. “Penso ser fundamental a prática de atividade física orientada neste momento de pandemia, já que ela melhora a capacidade pulmonar, fortalece a imunidade e também é importante coadjuvante no equilíbrio emocional”, afirma.

Os empresários do setor destacam que, quando estavam abertos, utilizavam itens como tapetes sanitizantes na entrada, medição de temperatura, uso de máscara, álcool em gel, distanciamento e higienização dos equipamentos após uso o para prevenir a disseminação do vírus. Agora, para contornar a situação, algumas academias e centros de treinamento oferecem aulas online. O CT Body’s conseguiu adaptar os treinos e mantém 75% dos alunos praticando exercícios regularmente em casa.

 

Chance de hospitalização reduzida

Estudo realizado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) apontou que a prática de exercícios pode reduzir até em 34% as chances de hospitalização por coronavírus. Das 938 pessoas entrevistadas pelos pesquisadores da Fapesp, os impactos do vírus foram menores naquelas que praticavam semanalmente 150 minutos de atividades de intensidade média ou 75 minutos de atividades em alta intensidade. O estudo é preliminar, porém já existem dados consolidados de que a prática de exercícios ajuda a evitar doenças que agravam a infecção por Covid-19, como hipertensão e diabetes.


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