(Foto: Divulgação / Câmara)
O caso das quatro crianças brutalmente assassinadas em uma creche de Santa Catarina, no último dia 5, também repercutiu na sessão de segunda-feira (10), na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos. O presidente Ederson Bueno (MDB) inclusive encaminhou uma indicação ao Poder Executivo para que sejam desenvolvidas ações a fim de garantir mais segurança aos alunos, professores e colaboradores das escolas e unidades de educação infantil (creches) do município.
Entre as sugestões levantadas pelo vereador, estão o botão de pânico, o monitoramento regular das câmeras de segurança e uma guarnição preparada e devidamente equipada para atendimento das pessoas que frequentam as escolas e creches de Dois Irmãos.
– É um episódio muito triste e que nos serve de lição, para que a gente ligue o alerta e tome algumas medidas para evitar que esse tipo de catástrofe aconteça em nosso município. Nessa indicação eu faço várias sugestões de medidas que podem ser adotadas para que a gente tenha maior segurança, para que os pais possam ir trabalhar com tranquilidade, sabendo que seus filhos estão seguros. A gente sabe que algumas escolas estão se organizando para fazer talvez contratações de empresas até de forma privada, num primeiro momento. É importante destacar que, caso seja feito esse processo, estão sendo feitos orçamentos para ver se o município tem condições de arcar com esse investimento, e isso acaba levando um pouco de tempo – comentou Ederson.
Outros vereadores também se manifestaram em tribuna.
– Peço que nos debrucemos nesta causa. Há muito tempo venho cobrando guarda nos colégios, e eles botaram guarda de manhã, de meio-dia e de noite, mas ele teria que ficar o dia inteiro. Os pais estão apavorados. A gente nunca sabe onde pode acontecer. Temos que resolver esse problema – disse Paulino Renz (PDT).
Darlei Kaufmann (PSB) lembrou que em 10 de maio de 2021 havia uma indicação sobre a viabilidade da instalação de dispositivo eletrônico de segurança nas escolas.
– O pedido era referente a instalação do botão de pânico. Como pais e seres humanos, estávamos vivendo um momento terrível em 2021 com a tragédia que envolveu o pequeno município de Saudades. Quase dois anos depois e o judiciário ainda não conseguiu julgar o autor da morte de três crianças menores de 2 anos e duas professoras. O aumento de ataques nas escolas precisa nos fazer refletir sobre os protocolos de segurança existentes e nos remeter a criar modos mais avançados para diminuir a possibilidade de ocorrência desses ataques – afirmou.
Necessidade de leis mais severas
Segundo Ramon Arnold (PP), todos estão consternados com o que aconteceu.
– Não sei se grades, se força armada, se botões de pânico são suficientes para a gente conseguir parar monstros como esse. Essas ações ajudam, e acho que as palavras do prefeito são muito importantes: todas as nossas escolas são cercadas, têm sistema de atendimento eletrônico em que somente pessoas identificadas têm acesso, e já estão verificando todas as infraestruturas possíveis para que a gente possa melhorar e restringir o acesso dessas pessoas – observou ele, citando a necessidade de leis mais severas.
– Na semana passada fiz uma reflexão sobre a reincidência de algumas pessoas que arrombaram o comércio local, foram presas e foram soltas. Isso é indignante. Esse monstro, que fez o que fez (em Blumenau), tinha passagens pela polícia, tinha visíveis problemas e estava solto, no convívio de todo mundo. Isso também deve valer de incentivo para que a gente cobre para que as leis não sejam complacentes com pessoas como essa – completou.
Sergio Kroetz (PP) também foi enfático na questão da legislação.
– Temos que sensibilizar as nossas autoridades lá em cima, que têm o poder de alterar as leis. Nesse caso, para mim, não existe outra pena que não a pena de morte – comentou.