Anelise Vier (Foto: Arquivo pessoal)
Anelise Vier é terapeuta no Espaço Lótus Dourado Terapias e oferece serviços como Reiki, Barra de Acess, Hipnose Terapêutica e Constelação Familiar. Ela explica em entrevista ao Jornal Dois Irmãos como melhorar e manter a relação sob uma perspectiva terapêutica da constelação familiar.
Qual a importância do Dia dos Namorados e das datas comemorativas para os casais do ponto de vista terapêutico?
Anelise – Acredito que a surpresa é importante e que as datas marcadas criam muita expectativa. Mas o Dia dos Namorados eu acho muito legal comemorar, porque cria uma egrégora muito grande. É um dia onde milhões de pessoas comemoram, então é legal celebrar nesse dia porque amplifica o sentimento e se tem uma energia mais forte do amor no ar. Mas com relação a aniversário de casamento, namoro e outras datas, eu acho legal lembrar sim, mas que isso não seja motivo de cobrança.
O que são as constelações familiares?
Anelise – Bert Hellinger é o fundador da constelação familiar. Ele começou sua pesquisa sobre o fenômeno da representação em 1978 e categorizou as ordens básicas da vida, chamadas de “Ordens do Amor”. As Ordens do Amor são leis universais da vida, independentes da cor da pele, da cultura e da religião. São 3 ordens: pertencimento, hierarquia e equilíbrio de trocas. Bert explica que deveríamos tentar que a ordem viesse antes do amor. Mas por que isso? Se a gente tem muito amor, mas não respeita um equilíbrio de trocas em uma relação, vira uma bagunça, um emaranhamento. Mas se colocamos a ordem do equilíbrio de trocas na frente do sentimento, a relação pode durar mais tempo, a intimidade pode fluir e o amor pode crescer também.
Como funciona o equilíbrio de trocas?
Anelise – Eu faço algo para o parceiro e espero receber algo em troca, como por exemplo, dou respeito e recebo proteção e segurança do outro; dou atenção e recebo carinho ou eu cuido parcialmente das tarefas e delego outra parte para o parceiro. Falar com parceiro e ouvir suas necessidades também são pontos importantes. Todos queremos só falar e não queremos saber de ouvir o outro; não existe igualdade em uma relação que não respeita isso mutuamente. Se sobrecarregar numa relação acaba com o romantismo. Quem consegue colocar esta ordem do equilíbrio de trocas antes do amor, tem olho no olho, tem respeito e ambos se sentem valorizados e admirados.
É importante ressaltar que quem dá demais na relação, deixa seu parceiro numa saia justa, pois este se sente em dívida, pois percebe que não consegue retribuir na mesma medida e inicia o processo de se afastar ou se isolar. Quem fica em dívida é o que sai ou gostaria de sair da relação. O desequilíbrio de trocas acontece na alma, mas mesmo passando por frustrações muitos casais permanecem juntos ao longo de suas vidas. Todos queremos ser amados, mas se temos esta ordem temos maturidade nos relacionamentos.
