Fonte: GZH
O Ministério da Saúde está pronto para começar a vacinar a população contra o coronavírus. A afirmação foi feita pelo secretário da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, em entrevista à Rádio Gaúcha. O secretário afirmou que, de acordo com as contas do Ministério, serão 73 milhões de brasileiros imunizados ainda no primeiro semestre de 2021, com as vacinas CoronaVac, do Instituto Butantan, e com a vacina de Oxford, produzida por uma parceria entre Fiocruz, AstraZeneca e a Universidade britânica.
Com a autorização por parte da Anvisa dada no prazo prometido, no próximo domingo (17), para as vacinas de Oxford e para a CoronaVac, o Ministério da Saúde começará a distribuir as doses, por modais terrestre e aéreo, para os grupos prioritários. O ministério trabalha com o dia 20 de janeiro como a melhor hipótese para começar a vacinação. O secretário Arnaldo de Medeiros afirma que há pedidos emergenciais de liberação imediata de 2 milhões de doses da vacina de Oxford e mais 6 milhões de doses da CoronaVac, sendo que a última tem indicação para aplicação de duas doses em datas mais próximas. Segundo Arnaldo de Medeiros, serão, portanto, cerca de 5 milhões de brasileiros vacinados em janeiro.
— Nós vamos fazer uma comunicação. O ministério da Saúde está preparando uma campanha de comunicação, que será divulgada amplamente na mídia, para os grupos prioritários — afirma o secretário.
Os grupos prioritários definidos pelo governo federal são a população indígena, idosos que se encontram em instituições de longa permanência e profissionais da saúde que estão trabalhando no combate ao coronavírus.
354 milhões de doses
O Ministério da Saúde tem contratualizadas 354 milhões de doses garantidas para 2021. São 254 milhões de doses pela Fiocruz e 100 milhões de doses pelo Butantan – além de outros 42,5 milhões de doses previstos em um consórcio internacional para um próximo período. Segundo o secretário, a ideia é aumentar o número de doses disponíveis aos Estados e municípios ao longo dos meses. Até o final do primeiro semestre, serão disponibilizadas 100 milhões de doses da vacina de Oxford, da Fiocruz, e outras 46 milhões de doses da vacina do Butantan, totalizando 73 milhões de brasileiros imunizados.
Ainda não há informações de quantas doses serão disponibilizadas ao Rio Grande do Sul. A logística de onde e como irá vacinar ficará a cargo dos executivos municipais, mas os locais indicados serão os postos de saúde, nas salas de vacinação dos municípios.
Agulhas e seringas
De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde tem feito um esforço para que possa disponibilizar agulhas e seringas para Estados e municípios que tiverem problemas, mas lembra que a responsabilidade é das gestões locais. O Ministério já adquiriu 7 milhões de seringas em um pregão, e outras 290 milhões estão sendo adquiridas em um segundo pregão. Há mais 190 milhões de seringas previstas para compra pelo Ministério da Saúde, mas ainda sem data definida de entrega.