Fonte: Autoesporte
As vendas de carros seminovos e usados registram o pior janeiro em 12 anos no Brasil. As 842.118 unidades vendidas no período representam queda de 27,5% na comparação com o mesmo mês de 2021, quando 1.162.057 unidades foram vendidas.
Nos últimos anos, o resultado só não é pior do que janeiro de 2010, quando concessionárias de seminovos e usados venderam 726.385 unidades. Na comparação com dezembro de 2021, a queda é ainda maior – de 29,9%, quando foram comercializados 1.201.600 veículos. As informações são da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Do número total de vendas de janeiro, 523.089 correspondem a automóveis, 92.166 são veículos comerciais leves (picapes e vans), 20.863 são comerciais pesados (caminhões e ônibus) e 194.325 são motocicletas. As outras 11.675 unidades correspondem a tratores e veículos agrícolas. Entre as categorias, os automóveis registraram a maior queda em janeiro: 32% ante os dados de dezembro. Os comerciais leves tiveram retração de 31,2%, enquanto os comerciais pesados caíram 26,2%. As vendas de motocicletas anotaram a menor queda, de 23,6%.
Vendas por regiões
A Região Nordeste registrou a maior queda nas vendas de seminovos e usados em janeiro. Segundo a Fenauto, a retração foi de 34,4%, seguida pela Região Sudeste, com 30,7%. As vendas caíram 27,9% no Centro-Oeste, 26,6% no Sul e 26,1% no Norte. Os veículos mais procurados no Brasil são os chamados velhinhos (13 anos ou mais), correspondendo a 273.354 unidades. Usados jovens (entre 4 e 8 anos) também tiveram boa procura, com 231.349 unidades vendidas, seguidos de veículos usados maduros (entre 9 e 12 anos), com 203.060. Os seminovos (entre 0 e 3 anos) tiveram vendas mais enxutas, registrando 134.355 unidades.
Enilson Sales, presidente da Fenauto, projeta um ano desafiador, mas está otimista de que o avanço da vacinação possa trazer mais tranquilidade aos revendedores. “Temos preocupações com o aumento da inflação, oscilações de câmbio e ano eleitoral. Por isso, continuamos com cautela”, afirma o executivo.