Foto: Polícia Civil / Divulgação
Desaparecido desde o dia 2 de junho, o corpo do empresário mineiro Samuel Eberth Melo, de 41 anos, foi localizado no domingo (11) em uma área de mata em Santo Antônio da Patrulha. A vítima apresentava pelo menos nove perfurações por arma de fogo.
O caso do empresário também vem repercutindo fortemente em Dois Irmãos. Na manhã desta quarta-feira (14), em entrevista ao JDI, a delegada Marcela Ehler, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Novo Hamburgo e responsável pela investigação, confirmou a informação de que a vítima esteve com os dois suspeitos em Dois Irmãos no dia do desaparecimento. Um dos homens, de Novo Hamburgo, era sócio de Samuel. Sobre o segundo indivíduo, nada foi divulgado até aqui, apenas que a prisão ocorreu no dia 10. O que se sabe é que ambos, suspeitos de participação no homicídio e na ocultação do cadáver, seguem presos.
De acordo com a delegada Marcela Ehler, o sócio foi o primeiro a ser ouvido durante as apurações. Inconsistências no depoimento motivaram, inicialmente, o pedido e o deferimento de prisão temporária. Ao longo das investigações, os policiais também constataram que ele teria feito uma compra de lonas, pás e outros itens que seriam usados na ocultação do cadáver. Segundo a polícia, o inquérito segue sob sigilo e, por enquanto, não serão fornecidas mais informações sobre o caso.
Ainda se tratando de Dois Irmãos, a suspeita é de que áudios e vídeos encaminhados por Samuel à família tenham sido gravados na cidade. Em um dos vídeos, a vítima filma um veículo que está estacionado em via pública, e tudo indica que o mesmo foi gravado em uma avenida do município. Pessoas também relatam ter visto Samuel no local entre o início e final da manhã do dia 2 de junho.
Investigação
Conforme o delegado Mario Souza, Diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o foco da primeira fase da investigação era localizar o corpo da vítima e entregá-lo à família, assim como esclarecer questões iniciais do caso. “Agora, nesta segunda fase da investigação, iremos levantar várias outras situações”, diz ele, se referindo, por exemplo, a crimes financeiros e tributários.
Conforme a polícia, Samuel trabalhava com revenda de carros e estava no Rio Grande do Sul a negócios. Ele teria vindo ao estado para tratar com um parceiro comercial (o sócio preso) sobre 44 veículos enviados para venda, cujo valor, estimado em R$ 5 milhões, não teria sido repassado. Informações dão conta de que carros que ele procurava deveriam estar em revendas do Vale dos Sinos, entre elas, uma de Dois Irmãos.