“Eu fazia isso com amor, pois amo a minha cidade”, diz Bellarmino Arandt

14/09/2022
Ele era mestre de cerimônias nos eventos da cidade

Ele era mestre de cerimônias nos eventos da cidade

Bellarmino Arandt, 83 anos, é uma das figuras históricas de Dois Irmãos. Acompanhou de perto boa parte da cena política e do desenvolvimento do município. Foi chefe de gabinete nos governos de Justino Vier (1974-77) e Norberto Rübenich (1978-82), além de vereador no período de Romeo Wolf (1983-1988).

– Essa foto é da década de 1970, durante uma festividade de setembro, na época da Semana da Pátria e do aniversário do município. O momento deve ter sido algo relacionado à emancipação, pois aparecem três emancipacionistas: Victor Rausch, Felippe Seger e Bertholdo Becker – conta ele.

Na época em que chefiava o gabinete, Bellarmino era também o mestre de cerimônias nos eventos de Dois Irmãos. Filho do professor Paulo Arandt (in memoriam), que dá nome à escola municipal do bairro São João e à Biblioteca Pública, ele lembra que o pai era exigente e que a cobrança o ajudou a lidar com as palavras.

– Eu fazia isso com amor, pois amo a minha cidade. Além disso, meu pai me ensinou que casa é com ‘C’, não com ‘G’; que é ‘telhado’, não ‘delhado’. Cada vez que eu não sabia uma palavra e perguntava, ele mandava procurar no dicionário – nunca me dizia! Assim, até chegar naquela palavra, eu passava por umas 20 antes, e aí me vinha a curiosidade sobre elas. Desse jeito eu fui formando meu vocabulário, por isso tive facilidade em português – recorda.

Vale lembrar que, como o alemão era a língua da maioria das pessoas naquela época, muitas tinham dificuldade com o português, trocando letras como ‘T’ e ‘D’.

 

FOTO DA DÉCADA DE 1970

Bellarmino Arandt (à esquerda), então como mestre de cerimônia, com Victor Rausch, presidente da Comissão Emancipadora (ao microfone), Antônio Nelson Schneider, Felippe Seger, Bertholdo Becker, Osório Schneider, Dr. Alexandre Tennenbaum e sargento Alcir Niederauer


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