Fonte: GaúchaZH
Um novo decreto do governo do Rio Grande do Sul, divulgado na madrugada desta terça-feira (15), altera regras da bandeira vermelha do distanciamento controlado. Atendendo às expectativas para as vendas do Natal e também para a chegada do verão, os horários de funcionamento do comércio de rua, dos bares e dos restaurantes foram ampliados, e a proibição do público nas faixas de areia das praias foi flexibilizada.
O comércio ganhou três horas a mais de atuação, com ingresso do público até as 22h e encerramento obrigatório às 23h. Antes, o comércio deveria fechar às 20h. Já restaurantes, bares e lancherias ganharam uma hora a mais, com ingresso dos clientes até as 22h e encerramento às 23h. Os sistemas de telentrega e pegue e leve, que antes deveriam encerrar às 23h, agora já não têm restrição de horário. O decreto do governo segue proibindo a permanência das pessoas em lugares como parques, praças e faixas de areia, mas dá aval para que as prefeituras permitam a permanência do público — desde que haja fiscalização e que as aglomerações sejam coibidas.
Bandeira preta e volta da cogestão
O novo decreto foi publicado um dia após o governo confirmar, pela primeira vez, duas regiões classificadas em bandeira preta no modelo de distanciamento controlado. Segundo o anunciado na tarde de segunda-feira (14), as regiões de Bagé e de Pelotas receberam a classificação que indica risco epidemiológico altíssimo de transmissão do coronavírus. No entanto, o retorno do sistema de cogestão dos municípios — também anunciado pelo Piratini — fará com que essas regiões tenham a opção de seguir regras mais brandas. No caso, as da bandeira vermelha, com risco imediatamente inferior ao da preta.
Apesar das mudanças, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, voltou a fazer um apelo à população em meio à disparada na ocupação de leitos de UTI. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ela revelou que o mês de dezembro está sendo o pior para a estrutura de saúde desde o início da pandemia, enquanto, em sua avaliação, parte das pessoas relaxou nas medidas de higiene.
— Nos parece que enquanto não tiver um familiar com Covid, o óbito de alguém próximo, as pessoas não estão vendo a gravidade do momento. Isso me assusta muito.