Moção de repúdio vira polêmica entre vereadores em Dois Irmãos

16/03/2023
(Foto: Divulgação / Câmara)

(Foto: Divulgação / Câmara)

Na sessão de segunda-feira (13), o vereador Elony Nyland (MDB) apresentou a moção 02/2023, a ser encaminhada ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino de Castro e Costa, em repúdio “pelas mulheres presas inocentemente no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília-DF”. O documento não foi assinado por todos os parlamentares, provocando críticas do autor, e deve ser votado na próxima semana.

– Cada um faz o que quiser, mas não defender uma moção, não defender as mulheres? Aí não adianta entrar com anteprojeto... Tem vereadora que tanto fala em defender as mulheres e, na hora que tem oportunidade, não defende – afirmou Elony, referindo-se a Sheila da Silva (PT).

Em sua primeira manifestação, a vereadora foi breve.

– Defendo as mulheres que sofrem violência, não as que praticam a violência e o vandalismo.

Darlei Kaufmann (PSB) também entrou no tema, citando um comentário da colega na última sessão.

– A Sheila tem razão quando, na semana passada, comentou que precisamos sair da tribuna e ir para o campo da ação. Temos no nosso regimento a possibilidade de criar comissões especiais destinadas a proceder estudos de assuntos de especial interesse do Legislativo e da nossa cidade. Estamos com praticamente um terço do nosso terceiro ano de mandato cumprido e não criamos nenhuma – declarou.

Sobre a moção, justificou sua posição:

– Não consegui entender direito a diferenciação deste momento entre homens e mulheres. O extremismo, para mim, é uma doença e precisa ser tratada, indiferente se for para o lado esquerdo ou para o lado direito. Não concordo com essa moção por causa disso.

Elony voltou à tribuna:

– A vereadora Sheila e o Darlei não interpretaram corretamente ou nem leram a moção. Eu coloquei aqui que justifica-se o envio desta moção uma vez que diversas mulheres foram presas inocentemente. E eu falei anteriormente que, aquelas que foram lá e destruíram, que realmente paguem pelos seus atos.

Sheila rebateu o colega:

– Repito que defendo e sempre defendi as mulheres que sofrem violência. Não defendo as mulheres que praticam a violência e o vandalismo, por isso já antecipei – com essa frase – que votarei contra a moção, porque seja homem, seja mulher, seja quem for, vândalos que depredam o patrimônio público precisam ser penalizados. Quero convidá-los rapidamente a imaginar um grupo de pessoas da nossa comunidade que, não aceitando o resultado das eleições, entram Câmara adentro, destroem tudo que temos aqui, depois vão para o Fórum fazer a mesma coisa e depois vão para a prefeitura destruir tudo. Vocês consideram isso liberdade de expressão? Essas pessoas poderiam passar impunes? Nós aplaudiríamos, nós sentiríamos pena? Vandalismo não pode passar impune.

 

Colegas pedem calma a Elony

Na parte final da sessão, a polêmica teve mais um capítulo.

– É impressionante como a vereadora Sheila do PT tem uma facilidade para distorcer as frases de vereadores. Falei duas vezes que ninguém apoia atos em que invadem e depredam prédios. Somos contra o vandalismo, mas somos contra também que se prendam mulheres inocentes – insistiu Elony.

Darlei disse que vê ‘muita mágoa’ no vereador do MDB.

– Estou te achando muito nervoso nos últimos tempos. Temos assuntos muito importantes para debater nesta cidade, assuntos sérios, e quando a gente fala lá de Brasília, realmente não consigo entender o que isso traz de produtivo para a nossa cidade. Você já fez muitas coisas importantes, trouxe muitas emendas, mas nos últimos tempos – não sei se é a derrota política ou algumas outras coisas – vejo você muitas vezes inconsciente, atacando.

Celina Christovão (MDB) também pediu calma a Elony.

– Tenho um carinho especial, a gente se conhece há tanto tempo... Eu realmente ouço comentários aí fora de que até então estava tão bonita a nossa gestão, não tinha discussão, mas agora ficar debatendo coisas lá de fora não é legal – comentou.


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