Nilton Tavares (Foto: Arquivo JDI)
Na sessão da última segunda-feira (13), o vereador Nilton Tavares (PP) apresentou números sobre a presença de estrangeiros em Dois Irmãos.
– Conforme dados atualizados pelo secretário de Desenvolvimento Social, Léo Büttenbender, Dois Irmãos tem hoje três famílias de argentinos, quatro famílias haitianas, quatro de paraguaios, uma de uruguaios e 85 de venezuelanos. Temos 341 estrangeiros vivendo no nosso município – dessas 341 pessoas, 300 são venezuelanas. Temos 48 crianças de 0 a 3 anos, 72 crianças e adolescentes até 14 anos e 13 jovens de 15 a 18 anos; o restante são adultos – informou.
Sobre a maioria de origem venezuelana, o parlamentar destacou a situação política do país vizinho e o trabalho humanitário realizado pelo Brasil.
– Isso é fruto de um país que está em insolvência política por má gestão de um grupo que tomou o poder. Essas pessoas estão fugindo do seu país. Neste sentido, o Brasil dá um grande exemplo de senso humanitário, com as Forças Armadas realizando a Operação Acolhida para que essas pessoas entrem no país e possam receber o mínimo – comentou.
Tavares chamou atenção para a situação de vulnerabilidade vivida por muitos deles.
– Na semana passada, recebemos uma família de venezuelanos no bairro Travessão, formada por um casal com um filho de 14 anos, uma menina de 10 e uma criança de 4 anos; eles simplesmente não têm nada. Como a comunidade está se mobilizando, entrei em contato com o Léo para ver o que o município também pode fazer e se já estava fazendo sua parte. Nós, como Poder Público, temos que ter a informação de que essas pessoas estão aqui e nos demandam serviços. Há quase 200 anos, essa terra acolheu aqueles migrantes que vieram para cá só com a vontade de trabalhar e fizeram a diferença. Hoje, nós não podemos virar as costas para esses irmãos.
Por fim, ele pediu a colaboração da comunidade através de doações.
– O que essas pessoas precisam, na verdade, é de alimentos. Quem pode e queira fazer doações, que procure a nossa Assistência Social ao lado da Antiga Matriz, pois algumas famílias estão em extrema situação de vulnerabilidade – concluiu.