Fonte: g1 RS
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou, neste sábado (16), o primeiro caso de deltacron no Rio Grande do Sul. O nome é dado à recombinação entre as variantes de preocupação (VOC) delta e ômicron do Sars-CoV-2, mas não é ela uma nova VOC.
A amostra é de uma paciente de Cruz Alta, no Noroeste do estado, coletada em 11 de fevereiro e sequenciada no Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). A investigação epidemiológica e rastreamento de contatos conduzidos pela Vigilância Estadual e Municipal não identificaram possíveis contatos da paciente, e também não foi identificado histórico de viagem. “Seguimos monitorando, pois não é possível afirmar se esta combinação é mais transmissível ou os efeitos causados, mas é importante reforçar a importância de hábitos de higienização das mãos e, em caso de sintomas, utilizar máscaras”, alerta a diretora do CEVS, Cynthia Molina Bastos.
No total, o Estado tem 2.308.860 casos conhecidos de coronavírus desde o começo da pandemia. Neste sábado, foram identificados mais 462 infectados. O número de pessoas com o vírus ativo no organismo e que estão em recuperação é de 9.552, ou seja, 0,4% do total de casos. Outras 2.259.977 pessoas são consideradas recuperadas (97,9%). Já a taxa de letalidade aparente, que é a proporção de mortes entre casos conhecidos, é de 1,7%. A média diária de casos fechou com 1.750 novas infecções conhecidas. A variação em relação a duas semanas atrás, quando estava em 2.475, deixa o indicador com -29% e retorna à queda.
A SES também identificou mais cinco mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. Elas aconteceram, porém, entre 25 de março e 14 de abril. Assim, o Rio Grande do Sul tem, em toda a pandemia, 39.205 vítimas da doença. A média móvel de óbitos baixou mais 51% em comparação com duas semanas atrás, e tem sete mortes diárias, em média, nesta. É o índice mais baixo em três meses.
Hospitalizações
A taxa de ocupação dos leitos de UTI no Rio Grande do Sul baixou mais uma vez e é de 66%, com 1.715 pacientes em 2.602 vagas. Com Covid, entretanto, são 76 com confirmação e 53 com suspeita, níveis que remetem a abril de 2020, no começo da pandemia.
Logo, a maioria das hospitalizações recentes não é por Covid. A proporção de pessoas com resultado positivo ou suspeita de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é de 7% do total de internados em terapia intensiva. Já nos leitos clínicos, de acordo com a atualização mais recente, 215 pacientes têm confirmação e 78 estão com suspeita de Covid.
Entre os leitos privados, recuou para 80% as vagas do segmento que estão ocupadas. Canoas, Novo Hamburgo, Uruguaiana e Lajeado são as regiões Covid que apresentam superlotação entre os leitos privados. Nas demais, apesar de algumas operarem acima de 80%, não há pacientes em excesso.
Vacinação
Desde terça, a SES considera esquema vacinal completo as pessoas com a dose de reforço atualizada. Logo, o estado soma 4.641.670 pessoas, ou seja, 40,4% da população, com o esquema com três doses ou duas para quem recebeu a primeira da Janssen. Além disso, outras 170,9 mil doses adicionais foram aplicadas em pessoas com baixa imunidade.
Apesar disso, 2,9 milhões de pessoas estão com o reforço em atraso, além de 710 mil que sequer completaram o esquema vacinal primário. Havia, ainda, 8.983.910 pessoas (78,3%) com as duas doses das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca ou a dose única da Janssen. Também estão neste contingente 23,5% das crianças vacinadas que receberam duas doses. A primeira dose das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca foi aplicada em 9.634.252 pessoas (84%). Entre elas, 552 mil crianças entre cinco e 11 anos, que correspondem a 57,3% deste público.
O consórcio de veículos de imprensa utiliza dados atualizados do IBGE. Logo, os dados podem diferir levemente dos levantamentos oficiais das secretarias de Saúde.