Pré-candidatos Cleri Camilotti e Miguel Schwengber visitam Jornal Dois Irmãos

18/07/2024
Cleri (PDT) e Miguel (PT)

Cleri (PDT) e Miguel (PT)

Na tarde de quarta-feira (17), o JDI recebeu a visita do pré-candidato a prefeito Cleri Camilotti (PDT) e do pré-candidato a vice-prefeito Miguel Schwengber (PT). A futura chapa majoritária foi apresentada a correligionários e simpatizantes dos dois partidos no último dia 6, em evento na Sociedade Atiradores.

Cleri, 59 anos, foi eleito duas vezes prefeito de Três Passos (2009-2012 e 2013-2016), então pelo PTB. No segundo mandato, acabou renunciando em 2013. Ele conta que sofreu um aneurisma em 2010 e precisou passar por cirurgia. Apesar disso, ainda concorreu à reeleição, tendo como vice seu secretário da Saúde, que depois assumiu o cargo.

Sua ligação com Dois Irmãos vem da década de 1980, quando veio morar na cidade. Ele trabalhou no Grupo Herval e teve fábrica de móveis no bairro Moinho Velho.

– Casei aqui e minha filha nasceu no Hospital São José. Tenho meu pai de 90 anos e irmãos morando aqui. Essa cidade me ensinou a trabalhar, a ser alguém na vida, e sou muito grato por isso. Volto hoje com o intuito de pagar o que a cidade me deu. Quero fazer algo que é fundamental: cuidar bem das pessoas, ajudar no crescimento organizado e ser útil para o município – diz ele.

Cleri ficou em Dois Irmãos até 1996, quando foi para Santa Cruz do Sul. Depois, mudou para Três Passos, onde viviam os pais da sua mulher. Retornou à cidade mais recentemente, depois da morte de sua mãe, em setembro de 2021.

– Nunca fiquei um mês sem vir para Dois Irmãos, sempre acompanhei a cidade, vi Dois Irmãos crescer. Quando cheguei aqui, eram 15 mil habitantes, e hoje são mais de 30 mil.

 

Sentimento das ruas

Miguel, 57 anos, administrou Dois Irmãos de 2009 a 2012, e agora como pré-candidato a vice pretende colaborar com sua experiência.

– Nesse período de 12 anos (longe da prefeitura), a gente ouviu muitos desejos, muitos pedidos para voltar e fazer de novo coisas que ficaram paradas. O que se recolhe do sentimento de pessoas e empresas é que a administração atual está muito burocrática, as coisas levam muito tempo para serem realizadas. Há uma confusão de não saber quem é que manda na prefeitura. Quando a gente entrou, a situação era bastante precária. Tivemos que renovar toda a frota de veículos, a Maide tinha fechado no final do ano da eleição. Lembro que eu assinava em média três auxílios-mudança por dia de famílias que estavam indo embora. Estávamos vivendo uma situação problemática e tivemos que ir atrás de captar empresas – disse ele, citando as chegadas de Usaflex e Mahindra.

Ele lamentou que a fabricante de tratores vai deixar o município:

– Eu, como prefeito, não fiz cara de paisagem, e hoje a gente vê uma administração com cara de paisagem. A Mahindra foi embora depois de 12 anos clamar por um pedaço de terra – eles não podem ganhar nada dado, era só a administração desapropriar e revender. Foi assim com o Parque Industrial, onde em quatro anos nós conseguimos licença ambiental, fizemos pavimentação, colocamos água, fizemos estação de tratamento de efluentes e loteamos. O que a gente vê hoje é uma administração sem projeto. Um exemplo: desapropriaram uma área no Travessão Rübenich (antiga cachaçaria) por R$ 4 milhões, que está lá parada. Enquanto isso, uma área que poderia ser destinada para a Mahindra não foi vista.

 

Segundo andar

Cleri reconhece as qualidades do município, mas entende que falta planejamento:

– Vejo uma Dois Irmãos que evoluiu bastante, como poucas cidades no Rio Grande do Sul. É uma cidade boa de se morar, com infraestrutura fantástica, com um povo que trabalha muito e com grandes empreendedores. Vejo que o alicerce está pronto, e venho preparado para construir o segundo andar da cidade e projetá-la para o futuro. Queremos valorizar a máquina pública, com a maioria dos secretários sendo funcionários de carreira. Não estou dizendo que a prefeitura não funciona, mas ela é desorganizada, falta planejamento. Enfim, existe bastante coisa que dá para aprimorar, mas principalmente cuidar bem das pessoas no todo.

 

Ano de eleição

Para Miguel, obras não devem sair do papel apenas em ano de eleição.

– Há uma leitura de que ficaram quatro anos sem fazer nada para nos últimos dois meses asfaltar. Asfaltaram e não têm dinheiro para fazer uma ponte, não têm habilidade política de buscar recursos para aquela ponte – disse ele, citando o financiamento realizado. – E são os mesmos que, na época quando eu fiz um financiamento num projeto buscado de Brasília para as ruas do São João, me criticavam – acrescentou.

Por fim, lembrou uma expressão usada pela ex-prefeita Tânia da Silva (MDB):

– O que nós temos hoje é mais do mesmo, é ‘feijão com arroz’. Dois Irmãos é uma cidade maravilhosa, mas nós não podemos mais se contentar com ‘feijão com arroz’. As pessoas estão vendo e fazem esse balanço. Recursos existem, precisa ter criatividade. Eles não ousam sair da casca – concluiu Miguel.


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