CULTURA ONLINE – Do palco para a tela do computador ou celular

18/09/2020
Regente Luchéu (Foto: Maré | Mídia e Música)

Regente Luchéu (Foto: Maré | Mídia e Música)

Aulas, ensaios, apresentações, tudo em formato online. A cultura é um dos tantos setores atingidos em cheio pela pandemia da Covid-19. A impossibilidade de aglomerações modificou as relações entre artistas e público, mestres e alunos.
Em entrevista ao JDI, o regente de bandas Luchéu Igor da Silva, 35 anos, ajuda a entender melhor este novo momento. Atualmente, ele trabalha com Banda Marcial Herval, Banda Marcial do Colégio Imaculada Conceição, Banda Marcial Escolar Arno Nienow, Banda Marcial Escolar Primavera, Banda Musical Auxiliadora (São Leopoldo) e Banda Marcial Municipal de Morro Reuter.


Como tem sido a rotina de ensaios e apresentações das bandas marciais?
Regente Luchéu
– Os ensaios encontram-se suspensos, assim como todas as atividades escolares. No entanto, estamos realizando, desde o início da pandemia aulas online. Nestas atividades os integrantes recebem aulas individuais por vídeo-chamada, que tem a duração de 45 a 60 minutos, através de aplicativo e plataformas digitas. Assim como vídeo-aulas, onde mando conteúdos musicais, gravados por mim e exclusivo para a banda, para que os alunos possam seguir os seus estudos mesmo estando em casa. Também realizamos, na medida do possível, encontros virtuais com todos os integrantes, para que se mantenha o vínculo de trabalho em grupo. Nossas apresentações estão acontecendo uma vez por mês, em formato virtual, onde cada aluno grava seu vídeo ou áudio de sua casa. Desta forma, através de um programa de edição, realizamos as montagens dos vídeos para que essas apresentações possam acontecer. O vídeo é postado nas redes sociais para que o público também possa acessar e compartilhar. Também estamos participando de ações realizadas pelo Movimento Viva Banda RS que já organizou um festival virtual de bandas, assim como um clipe do hino Rio-Grandense que vai ao ar no dia 20 de setembro. As bandas que estão ativas e realizando estas atividades são a Banda Marcial Herval, Banda Marcial do Colégio Imaculada Conceição e Banda Musical Auxiliadora de São Leopoldo. As demais seguem com as atividades suspensas, juntamente com as outras atividades extraclasses das escolas municipais. 


O que mudou na relação entre regente e alunos?
Regente Luchéu
– Pelo fato de o atendimento ser individualizado, acredito que as relações tenham ficado mais fortalecidas. Alguns integrantes tem se mostrado mais envolvidos com o trabalho. No entanto, não podemos negar que nem todos têm acesso a internet e por este motivo não conseguimos atingir as bandas em sua totalidade. Por este motivo, as aulas presenciais fazem muita falta. 


Como analisa o futuro da sua área depois da pandemia? Velho normal ou novo normal? 
Regente Luchéu
– Acredito que quando tudo isso passar, ainda teremos que seguir com alguns cuidados. Será, seguramente possível retomar os ensaios presencias, desde que tenhamos rígidos protocolos de cuidados e distanciamento entre os nossos alunos. Estudos já estão sendo realizados para que bandas e orquestras possam retomar os ensaios de uma forma segura, como a utilização de máscaras acrílicas e distanciamento entre os músicos. No entanto, pensando a curto prazo, penso que ainda assim, teremos que complementar os ensaios presenciais com aulas online através das plataformas digitais disponíveis. Quanto as apresentações, imagino que elas deverão acontecer em locais onde se possa controlar/limitar o fluxo de pessoas.  


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