Projeto habitacional ainda não teve vagas preenchidas
Nesta terça-feira (18), a prefeitura de Dois Irmãos abriu novas inscrições para o projeto habitacional “Um lar para chamar de meu”. Desde junho, o município realizou diversos chamamentos de inscritos, mas não conseguiu preencher as vagas. Os altos valores da entrada e das parcelas do imóvel têm sido alvo de muitas reclamações. O projeto prevê a construção de 100 unidades no bairro Bela Vista.
Na sessão desta segunda-feira (17), na Câmara de Vereadores, o presidente Joracir Filipin (PT) voltou a criticar a iniciativa da atual administração. “É lamentável, uma decepção para mais de mil famílias que tinham o sonho de conquistar a casa própria. Em oito anos, não conseguiram selecionar 100 famílias. Isso mostra que a prefeita Tânia e o vice Jerri não têm compromisso com quem precisa de moradia em Dois Irmãos. Em oito anos não cravaram uma estaca para fazer moradia para o povo”, protestou.
Elony Nyland (MDB) rebateu, citando o caso do Residencial das Flores (São João), que foi iniciado no governo de Miguel Schwengber (PT) e concluído no primeiro mandato de Tânia da Silva (MDB). “Ele fala que a administração não fez moradia, mas quem entregou os 240 apartamentos? O PT começou, mas não teve capacidade de terminar. Além disso, as administrações de MDB e PP construíram mais de 200 casas populares em Dois Irmãos”, declarou. “Infelizmente, esse projeto (“Um lar para chamar de meu”) não chegou na hora certa; o governo federal não está liberando financiamento mais barato”, concluiu.
Paulino Renz (PDT) lamentou o debate. “Não adianta ninguém se vangloriar, quem paga é o povo! Tudo o que é construído é pago com o dinheiro do povo, inclusive nosso salário”, afirmou. Paulo Fritzen (PSD) também protestou: “Querem falar o quê? Fizeram as casas e não deram as escrituras. Até hoje os terrenos do São João e do Loteamento 48 não têm escritura”.
Mais tarde, Filipin voltou à tribuna para rebater Elony. “A população sabe como nasceu o projeto dos 240 apartamentos, isso em apenas quatro anos. Diferente de agora, em que não conseguiram plantar nada e o projeto nem nasceu ainda”, cutucou.
EMENDAS PARLAMENTARES
Por fim, o presidente da Câmara destacou as emendas parlamentares conquistadas por ele neste mandato. “O governo tinha que me dar os parabéns por ajudar a trazer tantos recursos, mais do que a Tânia e o Jerri conseguiram em Brasília. O que eles fizeram foi muito financiamento”, alfinetou Filipin.
Eliane Becker (PP) respondeu ao colega: “Na época do PT, nós trouxemos de dois a três milhões em recursos, inclusive para a Rua Goiás (bairro São João), que o Miguel tinha perdido a emenda. Eu e o Jerri fomos até Sapiranga falar com o deputado Renato Molling, e ninguém nos agradeceu”.