(Foto: Divulgação / Câmara)
É raro uma sessão na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos não ter cobranças na área da saúde. Na segunda-feira (18), Paulino Renz (PDT) aproveitou a presença do secretário Nilton Tavares para cobrar mais atenção aos problemas e fez um desabafo.
– Eu sei que rir é muito melhor que chorar... Eu lido com doença há 30 e poucos anos, e vejo alguém rindo: ‘Ah, o Paulino é meio grosso, analfabeto...’, sim, mas ninguém me enrola. Não é com riso que vão me enrolar ou com pressão, mas com trabalho sério. O cara deve ter no mínimo humildade e vergonha na cara, e não ficar rindo da cara do vereador Paulino. Mas isso é dois, três da cidade que fazem isso, e só os que ganham cargo de confiança. A nossa cidade está coberta de cargo de confiança e não tem dinheiro, secretário Tavares, para levar uma pessoa a Sapiranga para fazer exame e buscar exame. É vergonhoso o que estão fazendo com o nosso povo. Quanto mais vocês mexerem com o vereador, mais o vereador vai falar, e falar a verdade. Quero que os colegas vereadores venham aqui e também falem quando está errado – declarou o vereador.
Devanir Soares Chagas (PT) também disse que há muitas reclamações.
– Em Dois Irmãos estamos vivendo um problema de cidade grande, não é mais como 10, 15 anos atrás, em que problemas eram rápidos de resolver porque era pouca gente. Há bastante reclamação sobre os agendamentos de consultas e exames – comentou.
Elony Nyland (MDB), que na ausência de Ramon Arnold (PP) é presidente interino do Poder Legislativo, parabenizou o secretário Tavares:
– Ele assumiu uma pasta muito complicada, mas coloquei fé no Tavares e está dando certo. É uma pessoa comunicativa, que tem um jeito de lidar com as pessoas com calma. Eu sei que ele se aprofunda nos assuntos, sabe como lidar com o funcionalismo público e com as pessoas privadas que são atendidas no seu gabinete. As pessoas nos procuram muito, a gente passa a bola para o secretário Tavares e geralmente ele resolve os problemas. Saúde é uma questão complicada em nível de Brasil, em nível estadual e também em nível municipal. Mas, com todos os problemas que nós temos país afora, com certeza estamos bem na frente da maioria dos municípios do Brasil. O poder público municipal investe mais que o dobro na saúde que deveria investir pela Lei federal, e mesmo assim muitas vezes o cobertor é curto. Vejo que a maioria das reclamações são de alta complexidade, e o secretário não tem muito o que fazer; isso é o Estado – ponderou Elony.
Paulinho Gehrke de volta
A sessão de segunda-feira (18) contou com o retorno de Paulo Cezar Gehrke (PP). Ele é o substituto direto do vereador Nilton Tavares (PP), que assumiu como secretário da Saúde. Nas últimas semanas, porém, houve um revezamento de suplentes. Paulinho deve assumir em breve em definitivo; agora, substitui Ramon Arnold durante sua licença. O outro suplente que estava previsto para assumir na segunda não pôde comparecer.
Na tribuna, o vereador comentou que não assumiu de imediato a vaga de Tavares porque passou por um procedimento cirúrgico, dando oportunidade aos suplentes.
– Agradeço pela oportunidade e lhe desejo muita sorte em frente da Secretaria de Saúde – disse ele, dirigindo-se ao colega de partido.
Paulinho apresentou sete pedidos de providência, solicitando ações como conserto em ruas, calçada e parada de ônibus, além de podas de árvores.
Doadores de sangue
O vereador Sergio Kroetz (PP) comentou que o grupo de doadores de sangue de Dois Irmãos foi convidado para participar do Desfile Cívico, no dia 7 de setembro.
– Passei a situação para o grupo e todo mundo ficou animado, mas nós estamos com um problema: nosso grupo cresceu numa proporção espantosa, hoje estamos beirando quase mil doadores, e gostaria de participar do desfile com o maior número possível, mas não tenho camisetas para todos. Se algum empresário tiver interesse em arcar com essas camisetas, com certeza sua propaganda teria retorno, pois estamos indo para todos os cantos do Estado. Aproveito para agradecer ao Paulo Tavares, do consórcio, que já patrocinou perto de 2 mil camisetas – disse ele.
