Fonte: Prefeitura de Ivoti
Com 177 imóveis do patrimônio histórico mapeados, Ivoti é apontada como a cidade do Estado com o maior número de casas enxaimel inventariadas. Deste total, são 104 prédios no estilo germânico, conforme estudo realizado pela empresa VRP Arquitetura e Indhara: Projetos e Consultorias em Turismo e Patrimônio Cultural. Os outros prédios têm estruturas variadas, como frontão recortado e bangalô.
O levantamento iniciou em fevereiro de 2020, mas passou por diversas interrupções em função da pandemia, e o relatório final foi entregue ao prefeito Martin Kalkmann e à arquiteta da Prefeitura, Carolina Gemelli, na tarde da última quarta-feira (17). “Já realizamos esse trabalho em vários municípios, como Rio Grande, Jaguarão, Gramado e Canela. Só que Ivoti nos demandou mais. Descobrimos muitas preciosidades aqui”, comenta uma das coordenadoras do inventário licitado, a historiadora Gladis Pippi.
Entre as descobertas, estão prédios com mais de 180 anos. “Há joias que remontam ao ano de 1840, por exemplo. E o mais interessante é que encontramos imóveis em todas as localidades do município, até mesmo uma casa enxaimel na Colônia Japonesa. Não esperávamos achar tudo isso aqui”, descreve. Ainda segundo a historiadora, a partir do catálogo diversas portas se abrirão para Ivoti. “O inventário valida o título de cidade com mais casas enxaimel catalogadas no RS. Ele alavanca outros trabalhos de preservação e pode ser utilizado como matéria-prima para o turismo, criando roteiros e outras ações”, exemplifica.
Para fazer a pesquisa, ela e o arquiteto Vlademir Roman foram a campo. “Conversamos com os moradores, fizemos entrevistas, compilamos dados. Ouvimos a história desses locais e também incluímos sugestões, observações e recomendações para cada imóvel”, conclui Roman.
Preocupação com o patrimônio
De acordo com Martin, o resultado do inventário foi recebido com satisfação. “Assim como a restauração da Casa Holler, que é uma das maiores estruturas enxaimel do Estado, mostramos novamente a preocupação da administração com o patrimônio histórico. É uma forma de pensar o futuro, mas sem tirar os olhos do nosso importante passado”, frisa.