(Foto: Divulgação / PMDI)
A Vigilância em Saúde de Dois Irmãos informou que nesta terça-feira (23) foi realizada aplicação de inseticida contra o mosquito Aedes aegypti no bairro Bela Vista, em trecho das Ruas Anita Garibaldi, Miraguaí, Catharina Wendling, Nelcy Kuhn, Chapecó e Colméia.
– A aplicação respeita as normas e diretrizes nacionais para controle das doenças transmitidas pelo mosquito. Ela objetiva o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana, devido à confirmação de que houve caso de dengue nas proximidades – destacou a nota da administração municipal.
Apesar do aumento expressivo de casos no Rio Grande do Sul nestas primeiras semanas de janeiro (ver abaixo), Dois Irmãos registrou até agora, em 2024, apenas um caso de dengue. No ano passado, o município teve 30 casos de dengue e um de chikungunya, de acordo com informações da assessoria da prefeitura. Nada comparado ao surto vivido em 2022, quando Dois Irmãos teve 5.185 notificações de casos suspeitos de dengue, com 4.092 casos confirmados e 1.093 descartados. O pico ocorreu entre 6 de março e 16 de abril daquele ano.
A Vigilância em Saúde pede que a população se mantenha alerta e revise seu quintal duas vezes por semana para evitar reservatórios de água parada e a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Denúncias podem ser feitas pelo telefone (51) 3564-8871.
*
Casos de dengue no RS aumentam 855% nas primeiras semanas de 2024
O número de pessoas infectadas pela dengue no Rio Grande do Sul teve aumento explosivo de 855% nas primeiras três semanas de 2024. Foram 602 casos confirmados, contra 63 pacientes no mesmo período do ano passado. O número é o mais elevado desde o início da série histórica, em 2015.
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a elevação é explicada principalmente por dois fatores. O primeiro são as condições climáticas e o El Niño, pois as chuvas frequentes, seguidas de calor, facilitam a multiplicação do mosquito Aedes aegypti. Por isso, tempestades como a da última semana podem contribuir para o aumento da incidência da doença. O segundo fator que explica o aumento dos casos de dengue é que a doença deixou de ser restrita ao verão e passou a ter alta incidência em todas as estações. Ou seja: o mosquito consegue se reproduzir ao longo de todo o ano, não somente nos períodos de calor.
– O ciclo do mosquito está muito associado ao meio ambiente, à água e ao calor. Por isso, o enfrentamento à dengue precisa ser feito de forma conjunta. Recomendamos que a população revise as áreas nas residências e no trabalho –alerta Roberta Vanacor Lenhardt, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
Em Porto Alegre, foram confirmados 10 casos de dengue em 2024, dos quais sete contraídos no município (autóctones). Outras 17 notificações são investigadas. A Capital é classificada como cidade infestada pelo mosquito da dengue. No Estado, o município com maior número de confirmações é Tenente Portela, no Noroeste, com 208 pacientes. O município tem 14,4 mil moradores. Na sequência, aparecem Barra do Guarita (153 casos), no Noroeste, e Novo Hamburgo (37 casos), no Vale do Sinos.
Recomendações
A prevenção à dengue é feita com a eliminação dos locais em que o mosquito Aedes aegypti consegue se reproduzir. É preciso remover a água parada das residências. A Secretaria Estadual da Saúde recomenda que a população utilize repelentes e procure atendimento em caso de sintomas como febre associada à náusea, vômito, irritação na pele ou dor (dor nos olhos, geralmente na parte de trás, dores musculares, articulares ou ósseas). (Fonte: SES)