Fonte: Globo Esporte
O GloboEsporte.com pediu ao técnico Renato Portaluppi, do Grêmio, um texto de opinião sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus no futebol brasileiro. A opinião pertence ao autor e não necessariamente reflete a do GloboEsporte.com. Confira:
“O Brasil e o mundo passam, certamente, por um dos momentos mais delicados de sua história. A saúde das pessoas está em risco, a economia também e o futebol, obviamente, também sofre as consequências.
Em todos os segmentos da sociedade, é preciso tranquilidade para passar por tudo isso. Todo o sofrimento e limitação que estamos vivendo agora vai ter um fim. Os especialistas estão trabalhando e a solução vai aparecer. Tenho certeza disso.
Tenho sempre na minha cabeça que é preciso tirar lições das dificuldades, aprender com elas. Mas, principalmente, buscar oportunidades quando as coisas parecem mais complicadas. Não sabemos o que vai ser do futebol brasileiro quando tudo isso passar e as coisas forem voltando ao normal, mas entendo que essa é a grande chance que o futebol tem de se unir. De uma vez por todas.
A CBF é comandada por pessoas inteligentes, da mesma forma a Conmebol. Tenho certeza que eles vão encontrar a melhor solução que seja possível nesse momento de dificuldade. Mas é preciso união.
Assim como essas entidades, os clubes também são comandados por pessoas inteligentes e que podem ajudar nesse processo. É a hora de os presidentes de clubes sentarem, juntos, e, através do diálogo, ajudarem a fortalecer o futebol como um todo.
Claro que cada um tem seus interesses. O Grêmio tem os seus, o Flamengo também, o São Paulo, o Internacional, o Cruzeiro... Todos. Mas, se cada um olhar apenas o seu lado da moeda, não chegaremos a lugar nenhum e quem vai sofrer é o futebol brasileiro. A missão não é simples.
Temos de organizar o calendário e, ao mesmo tempo, cuidar da saúde de todos os profissionais envolvidos. Mas tenho certeza que o futebol brasileiro tem capacidade intelectual para resolver todos os problemas. Em todos os níveis de comando. Mas é preciso UNIÃO”.