Foto: Carlos Edler / Agencia RBS
De 29 de abril a 3 de maio, ocorre, na ACTG Portal da Serra, em Dois Irmãos, a exposição “10 X Lessa: A vida e a obra de Barbosa Lessa”. Promovida pelo Departamento Cultural e pela Gestão de Prendas e Peões da entidade, a exposição revela as dez faces intelectuais de um dos maiores tradicionalistas gaúchos. A edição original foi promovida em 2012 pelo Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) para assinalar os dez anos de morte de Barbosa Lessa.
A mostra, que é aberta a toda a comunidade e tem entrada gratuita, é composta por banners com imagens e textos sobre os projetos de Lessa, cuja diversidade cultural está presente tanto nos temas de pesquisa quanto na abrangência das áreas de atuação. As dez facetas do homenageado, desconhecidas pela maioria dos gaúchos, evidenciam as seguintes expressões: homem da comunicação, compositor, tradicionalista, pesquisador, dramaturgo, homem público, escritor, ator e consultor de cinema, folclorista e ecologista.
Luiz Carlos Barbosa Lessa
Nasceu em Piratini, no ano de 1929, e faleceu na cidade de Camaquã, em 2002. Foi folclorista, militante tradicionalista e escritor sul-rio-grandense. Destacou-se no cenário cultural com a fundação do CTG 35, pesquisando sobre as danças gaúchas ao lado de Paixão Cortês. Foi Secretário da Cultura e idealizador da Casa de Cultura Mário Quintana – referência cultural e turística de Porto Alegre. Escreveu cerca de 60 obras entre contos, músicas e romances.
Entre as publicações mais conhecidas, está Rodeio dos Ventos, um épico sobre como seria a vida do povo gaúcho; e Os Guaxos, premiado em 1959 pela Academia Brasileira de Letras. Foi o criador da popular canção Negrinho do Pastoreio, em 1957, baseada na lenda do jovem escravo acorrentado a um formigueiro para ser devorado pelos insetos ao perder a tropilha de cavalos do patrão. Essa toada foi cantada por dezenas de intérpretes, como Inezita Barroso, Leopoldo Rassier e a dupla Kleiton & Kledir.