(Foto: Polícia Civil)

Em 2019, áudios e vídeos compartilhados em redes sociais originaram a Operação Pseudonym, em Dois Irmãos. Em quase dois anos, foram desencadeadas sete fases da operação, nas quais agentes da Delegacia de Polícia Civil da cidade identificaram e indiciaram 22 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas e organização criminosa. Neste período, também foram cumpridos mandados de prisão preventiva, colocando atrás das grades os principais responsáveis pela venda de entorpecente nos bairros do município.

Desencadeada no dia 5 de julho de 2019, a Operação Pseudonym – Fase I teve desfecho recentemente, três anos após os indiciamentos, com a condenação de três pessoas. Um dos indiciados é uma mulher de 45 anos, condenada a 8 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Expedido pelo Poder Judiciário no dia 9 de novembro, o mandado de prisão definitiva foi cumprido na tarde desta terça-feira (22), por agentes da delegacia de Dois Irmãos, em ação coordenada pelo delegado Felipe Borba. A prisão ocorreu em Eldorado do Sul, paradeiro descoberto pelos policiais. 

Segundo o delegado Borba, a prisão traduz o empenho da delegacia no combate ao tráfico de drogas no município, pois demandou uma série de diligências, planejamento, estratégia e análise de dados, o que seguem realizando. “Além disso, é um símbolo importante de que esse tipo de delito não é agraciado com a impunidade, desestimulando que outras pessoas se dediquem a crimes com essa natureza”, completou.

Na mesma sentença, também foi condenado o companheiro dela, de 34 anos, pelos mesmos crimes. O terceiro indivíduo condenado pela Justiça é um homem de 33 anos, considerado líder de organização criminosa e que comandaria o tráfico em Dois Irmãos do interior do presídio. Ele foi condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão. O mesmo homem também foi condenado há mais de 25 anos de prisão por um latrocínio ocorrido em Dois Irmãos, em 2016.

Operação Pseudonym – Fase I

A ação ocorreu na manhã de 5 de julho de 2019. Três pessoas foram presas – o casal condenado e um terceiro indivíduo. A mulher foi presa em uma casa do bairro Travessão, onde foram apreendidas roçadeiras, televisão, notebook, celulares e aparelhos de som, todos sem nota fiscal. A suspeita, na época, era de que os produtos eram furtados e haviam sido trocados por droga. Segundo a polícia, a investigação comprovou que ela e o companheiro, associados a outras pessoas, praticavam o tráfico de drogas, sob o comando do terceiro indiciado.

O homem foi preso em uma residência do bairro São João, usada como ponto de tráfico. No local, os policiais apreenderam 91 porções de maconha, 33 pedras de crack, caderno com anotações do tráfico, revólver com numeração raspada, munição, dinheiro, celulares, uma motocicleta e um veículo de passeio.

Números totais da Operação Pseudonym:

– 7 fases desencadeadas;

– 22 pessoas indiciadas;

– 6 pessoas presas em flagrante;

– 12 prisões preventivas decretadas pelo Poder Judiciário;

– 14 Mandados de Busca e Apreensão cumpridos; 

– 3 veículos usados para o tráfico apreendidos;

– 1 arma apreendida;

– 1 balança de precisão apreendida;

– Drogas apreendidas;

– 5 celulares apreendidos.