Fonte: Governo RS
Para a safra 2021, a estimativa é que o Rio Grande do Sul tenha a maior produção das culturas de inverno, chegando a 3,7 milhões de toneladas de trigo, cevada, canola e aveia branca. A projeção foi apresentada nesta quarta-feira (23) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em uma entrevista coletiva transmitida em seu perfil no Facebook e canal do YouTube.
– Essa boa expectativa se deve a estarmos vindo de uma supersafra de verão, que trouxe uma capitalização importante para nossos agricultores, para nossos pecuaristas, para o produtor rural como um todo. A previsão de uma safra de inverno robusta e de uma condição climática positiva para os próximos meses leva em consideração não só a capitalização, mas também o ânimo dos agricultores com esses recursos da safra de verão. Também os preços num patamar bom e elevado, a tecnologia que vem chegando ao longo dos anos, o acesso à assistência técnica, todo o planejamento e profissionalismo são responsáveis por essa estimativa de uma supersafra de inverno – comemorou o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri.
Os dados foram apresentados pelo diretor técnico da instituição, Alencar Rugeri, que apresentou as estimativas dos principais grãos de inverno, que serão cultivados em 1,49 milhão de hectares, totalizando a maior produção dos últimos anos, cuja previsão é de 3,7 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 10,8% em área e de 32,5% em produção, comparado ao ano anterior.
– A expectativa é de termos a maior safra já colhida em termos de grãos. Esse é um cenário extremamente interessante para o Estado e esperamos que se consolide ainda mais com as tendências climáticas positivas, sem nenhum percalço até o momento, e porque nosso produtor vem capitalizado, vem com a possibilidade e a tendência de ter uma boa remuneração dessas culturas de inverno. Isso leva a crer que deveremos ter uma grande safra de inverno, quiçá a melhor safra da história – afirmou Rugeri.
DESTAQUES
Principal produto da estação, o trigo deverá ter uma produção de 2,89 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 37,81% em relação ao ano passado, que foi de 2,1 milhões de toneladas. Cultivado numa área de 1,08 milhão hectares, 13,29% a mais do que na safra passada, que foi de 953,8 mil hectares, o grão apresenta tendência de produtividade média de 2,6 toneladas/ hectare, 21,6% a mais do que a média da safra anterior, que foi de 2,2 toneladas/ hectare. Concentrado nas regiões de Ijuí (303,4 mil hectares), Santa Rosa (259,6 mil hectares) e Frederico Westphalen (135,3 mil hectares), chama a atenção o trigo ter aumentado 104,9% na área a ser cultivada na região de Pelotas, passando de 4,8 mil hectares na safra passada para 9,9 mil hectares nesta.
Outro destaque fica por conta do aumento expressivo na produção e produtividade da canola. Cultivada em 40,1 mil hectares, 15,73% a mais do que no ano anterior, deverá ter uma produção de 52,6 mil toneladas, o que representa 55,7% a mais do que na safra passada, refletindo no aumento de 34,5% na produtividade, que deve chegar a 1,3 tonelada/ hectare, contra menos de uma tonelada na safra passada.