Fonte: Assessoria de imprensa
O Hospital Sapiranga realizou na última semana a primeira captação de órgãos de 2022. A instituição possui uma comissão intra-hospitalar formada por uma equipe multiprofissional, que tem a finalidade de organizar rotinas e protocolos que possibilitam o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes, chamada de CIHDOTT. Esta comissão é a responsável por todo o processo de identificação de um potencial doador, e pelo acolhimento das famílias diante de uma decisão difícil, mas de grande de importância e esperança para muitas pessoas que aguardam por uma doação para seguirem suas vidas.
A enfermeira coordenadora da CIHDOTT do hospital, Camila Crippa, evidencia a importância do engajamento da comissão e da especialização da equipe, para o reconhecimento de um potencial doador e sobre a conduta junto as famílias. Em nome da comissão Camila agradeceu as equipes. “Agradecemos a todos os profissionais que de forma direta e indireta viveram esse momento, acolhendo uma família frente a dor da perda resultando no aceite diante de um momento tão difícil, e proporcionando continuidade da vida para outras pessoas”, disse.
Nesta primeira captação do ano foram doados o fígado e os rins. O hospital há muitos anos vem se dedicando a esta importante causa, nos últimos três meses de 2021, três pacientes foram atendidos na emergência do hospital e transferidos rapidamente para hospitais de referência para manejo do quadro clínico, os quais evoluíram para morte encefálica, e com o consentimento da família a doação foi autorizada.
Diante da imensa relevância desta ação, o principal ato para ser um doador de órgãos e tecidos é a declaração deste desejo para a família. No Brasil, não é necessário deixar nada por escrito, basta avisar sua família, dizendo: “Quero ser doador de órgãos”. A doação só acontece após a autorização familiar. Quando a pessoa não declara este desejo, a família pode ficar em dúvida, por isso é muito importante que toda pessoa que tem esse desejo, declare-o para seus familiares.
Para ser doador
A identificação de um potencial doador de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, no qual o doador é capaz de salvar a vida de até oito pessoas, ou melhorar a qualidade de vida de mais de 20. Ou pode ocorrer mesmo em vida através da doação de alguns órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea. No Brasil, existem quase 33 mil pessoas aguardando por uma doação segundo estatística da organização Pró Rim.