Dois Irmãos se despede de Lori Engelmann, a Rainha do Kerb de São Miguel

26/02/2022
Lori e Darcy em reportagem do JDI no último Dia dos Namorados

Lori e Darcy em reportagem do JDI no último Dia dos Namorados

Faleceu na manhã deste sábado (26), aos 83 anos, Lori Engelmann, a Rainha do Kerb de São Miguel. Ao lado do marido Darcy Engelmann, formou o casal que há mais de 10 anos representava a maior festa popular do município. Dona Lori passou mal na sexta-feira (25) e veio a falecer na manhã de hoje, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

Além do marido, ela deixa enlutados os filhos Wilson e Miguel, as noras Clarisse e Roseli, o neto Vitor Guilherme e demais familiares. O corpo está sendo velado na Capela Municipal e a cerimônia de despedida ocorrerá às 17h30, no próprio local, com sepultamento após no Cemitério Evangélico de Dois Irmãos. O prefeito Jerri Meneghetti decretou luto oficial de três dias pela morte da Rainha do Kerb, a partir deste sábado.

– Dona Lori, como era chamada carinhosamente, sempre representou incansavelmente Dois Irmãos. Uma pessoa de princípios, valores e sempre alegre com todos. Nossa eterna Rainha fará falta para a comunidade de Dois Irmãos e todos que a conheciam. Lastimo muito e estou bastante emocionado com a perda dessa pessoa tão querida – disse o prefeito.

 

Reportagem no Dia dos Namorados

O casal Lori e Darcy Engelmann sempre foi exemplo de alegria e disposição. No ano passado, em reportagem especial para o Dia dos Namorados, eles contaram um pouco da sua história ao Jornal Dois Irmãos. Vale relembrar alguns momentos da bela entrevista*:

 

Como foi que vocês se conheceram?

Darcy – Nos conhecemos em um baile em Morro Reuter, no antigo salão Mallmann, perto do pórtico da cidade. Ela tinha 19 anos e eu tinha 17. Já que a gente gostava de dançar, nos conhecemos em um baile e isso continua até hoje. A partir disso, foi baile aqui, baile ali (uma briguinha de vez em quando), e então eu pedi para ir à casa dela. Quando conheci os pais dela deu muito certo, me dei muito bem com o sogro e a sogra. Depois ela veio aqui na nossa casa, assim foi o começo do nosso namoro.

Quando eu tinha 21 anos, nos casamos; ela tinha 23. Eu primeiro construí minha casinha, depois eu busquei ela para morar aqui comigo; meus pais moravam aqui do lado. E assim começou a nossa vida. Nós moramos na mesma casa desde então, a casa tem 59 anos e nós vamos fazer 59 anos de casados em setembro deste ano. Depois, nós tivemos dois filhos meninos, foram crescendo juntos, a gente foi envelhecendo e eles começaram a namorar. Os dois se formaram na faculdade, casaram, foram morar sozinhos e nós ficamos aqui na nossa casa como eternos namorados.

 

 

Qual a dica para uma relação durar tanto tempo e o casal continuar feliz?

Darcy – O diálogo vale tudo numa relação, não falar quatro ou três palavras e dizer “vamos dar um tempo”. Tem que ter muito diálogo e compreensão, senão não funciona. Tem que falar um com o outro, não brigar e não dormir brigado ou sair da casa um do outro brigados, isso não está certo. Conversar sempre é a melhor coisa porque problemas cada casal têm, e quem diz que não tem está mentindo. A vida a dois nem sempre é tão fácil. Nós também saíamos para dançar, que é uma atividade que nos uniu desde o princípio. Andamos de mãos dadas desde sempre, porque um apoia o outro, mas antigamente não era assim. Em setembro de 2010 nós fomos coroados Rei e Rainha do Kerb, e daí a gente saiu muito. Não só para bailes, mas em encontros para divulgar as festas em Dois Irmãos, e onde estava um, estava o outro. E é para continuar assim.

 

 

Como sabiam que eram as pessoas certas um para o outro?

Darcy – Casamento é uma loteria, mas quando eu fui na casa dela, eu já vi como funcionavam as coisas. Isso logo se nota, ou a pessoa é uma coisa ou não é. Eu logo vi que ela gostava de trabalhar, e eu queria uma pessoa para me ajudar. E foi assim que aconteceu, porque ela trabalhava na roça com os pais e eu também trabalhava com os meus pais na roça. Eu vi quando eu cheguei lá, ela foi tirar o leite das vacas, foi tratar os bichos e era isso que eu queria. Eu queria uma mulher não para ficar em casa, eu queria uma mulher para me ajudar na roça, uma mulher trabalhadora e parceira. E deu certo, a colheita sempre foi boa e conseguimos juntos. Casamos no sábado e na segunda já começamos a ir para a roça juntos durante a semana. A gente plantava de tudo para comer, depois entrou a acácia negra para dar um pouco de dinheiro e fazíamos schmier para vender.

 

Lori – Eu gostei dele desde sempre também, foi amor à primeira vista.

 

(*) Entrevista publicada em junho de 2021


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