Gaúcho Daniel Cargnin levou bronze no judô
No segundo dia de competições na Olimpíada, o Brasil subiu ao pódio em duas oportunidades. A primeira medalha nos Jogos veio nas disputas do street masculino no skate, modalidade estreante em Tóquio. Na madrugada deste domingo (25), o paulista Kelvin Hoefler ficou com a prata somando 36,15 pontos, atrás do japonês Yuto Horigomi, que totalizou 37,18.
A outra medalha verde e amarela saiu no judô. Na categoria até 66 kg, o gaúcho Daniel Cargnin, da Sogipa, ficou com o bronze ao vencer o israelense Barush Shmailov.
– É uma coisa que eu sonhava e imaginava e agora está se concretizando. Com o distanciamento, e todas as coisas que envolveram, estava com uma carga emocional bem grande. Por isso, pedi ajuda para a família, me afastei das redes sociais, me fechei um pouco, mas prometi que ia voltar para a casa com o sentimento de dever cumprido, não só com a medalha, mas com a sensação de que teria dado tudo de mim. Olhar para trás e dizer que fui a melhor versão que poderia ser – disse o judoca de 23 anos.
Há dois meses, ainda em reta final de preparação para Tóquio 2020, Daniel foi infectado pela Covid-19, o que custou sua participação no campeonato mundial da categoria até 66kg em Budapeste. Recuperado, ele desembarcou no Japão com a esperança de dias melhores, que se tornariam históricos para a categoria nos Jogos.
– Estava em um treinamento na Rússia, me preparando para o mundial, e faltando uma semana fui fazer o PCR e testei positivo para Covid-19. No início, foi muito ruim, pois estava lutando para ser cabeça de chave e essa era a minha última chance. Pensei, então, que o que eu podia fazer era acreditar em mim e pensar positivo. O tempo todo aqui (no Japão) pensava que seria minha última luta. Chegava em casa muitas vezes cansado. Lembrei da minha família, minha mãe, e decidi que esse bronze ninguém me tira. Vim aqui com um objetivo e iria lutar até o final por isso – acrescentou o gaúcho.
Paulista Kelvin Hoefler ficou com a prata no skate
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Rayssa Leal, a Fadinha, fatura prata no skate street
A maranhense Rayssa Leal, a Fadinha, de 13 anos, conquistou a prata na madrugada desta segunda-feira (26) no skate street na Olimpíada de Tóquio (Japão), se tornando a medalhista mais jovem do país na história da participação brasileira nos Jogos. Natural de Imperatriz (MA), a atleta marcou 14,64 na somatória, e só foi superada pela dona da casa Nishiya Momiji (15.26), também de 13 anos. Outra japonesa, Funa Nakayama, de 16 anos, levou o bronze (14.49).
– Eu estou muito feliz, esse dia vai ser marcado na história. Eu tento ao máximo me divertir porque eu tenho certeza de que se divertindo as coisas fluem; é deixar acontecer naturalmente, se divertindo – disse a skatista ao site do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Outras duas brasileiras, Pâmela Rosa e Letícia Bufoni, competiram na primeira fase, mas não se classificaram entre as oitos primeiras colocadas que avançaram à final.
(Fonte: Agência Brasil)
Maranhense Rayssa Leal