Corretores tranquilizam segurados sobre perdas nas enchentes: “Tudo o que foi contratado será indenizado”

27/05/2024
Fonte: ACI / Foto: Divulgação

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Os corretores que participaram do evento Seguros na enchente: esclarecimentos e dúvidas, realizado pela ACI-NH/CB/EV/DI na última quinta-feira (23) com moderação de Izabela Lehn, vice-presidente Jurídica, procuraram orientar e tranquilizar os segurados em relação ao pagamento de sinistros decorrentes do fenômeno climático que atinge o RS nas últimas semanas. “Tudo o que foi contratado será pago pelas seguradoras”, afirmou Bruno Fehse, CEO da Novo Horizonte e da Fehse Seguros.

Conforme ele, as principais companhias seguradoras reforçaram suas estruturas e flexibilizaram as regras para atender aos clientes do Rio Grande do Sul, que estão tendo prioridade nas ligações para seus 0800. “Os pagamentos de seguros vêm sendo feito mesmo com os veículos ainda submerso e que o sistema do Detran RS esteja inoperante e não seja possível emitir os documentos comprobatórios”, disse Leonardo José da Cruz Santos, administrador, sócio e corretor na Bender Corretora de Seguros.

Estimativas indicam que cerca de 200 mil automóveis foram atingidos pelas enchentes no RS, dos quais cerca de 60 mil são segurados contra este tipo de ocorrência e os seus proprietários receberão os valores contratados previstos nas apólices.

Já as coberturas residenciais, comerciais e industriais contra alagamentos e inundações, para serem pagas pelas seguradores, têm que estar entre as coberturas acessórias previstas nas apólices. Trata-se de uma cobertura não contratada pela maioria das empresas devido à pouca oferta pelas seguradoras e aos custos altos.

“Vivemos um novo momento difícil. A hora é de empatia e união entre corretores e segurados para que a retomada seja a mais rápida possível”, disse Maria Adelaide Müller, sócia-gerente da Brinkler Administradora e Corretora de Seguro, que prevê mudanças no mercado de seguros ao final do período de instabilidade climática.

“A mensagem que precisa ser passada neste momento é que o que o mercado de seguros no Brasil é robusto e capaz de honrar com os compromissos assumidos. Aquilo que está contratado será indenizado”, acrescentou Lídio Inácio Becker, diretor-corretor de seguros da Intercapital Corretora de Seguros.

Becker disse que as coberturas contra inundações empresarias são oferecidas por poucas seguradoras e os limites baixos, os custos altos e franquias elevadas afastam os empresários. “Historicamente, apenas as empresas localizadas na zona de risco primária é que acostuma contratar estas coberturas”, explicou.

 

Seleção de riscos

Rolf Gliesch, sócio-fundador da Rolf Assessoria e Corretagem em Seguros, disse que a maioria das seguradoras não oferece cobertura contra catástrofes e alagamentos porque fazem uma seleção de risco. “Das 20 grandes seguradores, só duas calculam cobertura contra alagamento devido ao custo mais alto que outras coberturas, como roubos, por exemplo”, explicou.

Aline Eltz Lemos, CEO e corretora de seguros do Grupo Somos Corretora de Seguros, enfatizou a prioridade deve ser a solução dos problemas do momento, que atingem 461 cidades 90% do estado do RS. “A hora é mitigar riscos e proteger o patrimônio das pessoas”, destacou.

Adriana Leal, diretora da Valderez Soluções 360, também enfatizou que tudo o que foi contrato pelas seguradoras será indenizado. Ela citou estimativa segundo a qual entre 5% e 10% dos 2,8 milhões de automóveis existentes no RS foram tingidos pelas enchentes e que cerca de 200 mil foram completamente inutilizados.

Com o sistema do Detran RS foram do ar, as seguradoras estão flexibilizando os processos de pagamento de sinistros. Como a Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo não pode ser emitida, a procuração pública vem sendo aceita para o pagamento de sinistros. Conforme Adriana, apenas 17% das empresas, 39% das residências e 30% dos veículos são protegidos por seguros no RS.


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