(Foto: Arquivo JDI)
Acusado de violência doméstica contra a ex-companheira, um homem de 40 anos foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (28), após descumprir medidas protetivas decretadas pelo Poder Judiciário. A prisão, efetuada por agentes da Delegacia de Polícia Civil de Dois Irmãos, coordenados pelo delegado Felipe Borba, aconteceu em Nova Petrópolis, após a delegacia ter angariado informações de que o investigado estaria trabalhando em uma obra naquela cidade.
De acordo com o delegado Borba, após descumprir as medidas protetivas, o acusado voltou a ameaçar e agredir a vítima, razão pela qual a delegacia instaurou inquérito para apurar o crime e representou pela prisão preventiva do suspeito, que foi decretada pelo Judiciário. Segundo o delegado Borba, o homem teria ido até a residência da vítima, há quatro dias, ingressando sem o consentimento da moradora, passando a ameaçá-la e promovendo lesões, inclusive por meio de esganadura, que cessou apenas após ela ter gritado por socorro.
– É muito importante que as vítimas de violência doméstica procurem os órgãos engajados em sua proteção, a fim de fazer cessar a situação de violência ou de risco. E qualquer pessoa que tiver ciência de que alguma mulher esteja sendo vítima desse tipo de conduta também pode utilizar os canais de comunicação, inclusive de forma anônima – complementa.
Segundo a polícia, o preso tem antecedente criminais por ameaça, lesão corporal, injúria e vias de fato.
Operação Schützen
Esta é a primeira prisão da Polícia Civil com base na Lei Maria da Penha em 2022, integrando a chamada “Operação Schützen”, que iniciou no ano passado, culminando na prisão de três homens em situações semelhantes à relatada acima.
Conforme o delegado é importante que os homens intimados sobre medidas protetivas decretadas judicialmente respeitem tais ordens, sob pena de ser reconhecida a necessidade de sua segregação cautelar.
– Pretendemos contribuir para que fatos mais graves, como feminicídio, não venham a ocorrer, e para tanto dedicamos especial atenção aos casos em que os agressores seguem praticando algum tipo de violência contra as mulheres mesmo após a notificação de que estão proibidos de se aproximar, de entrar em contato etc. – finaliza.